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MC desenvolve plataforma para apurar pegada ambiental de fornecedores

A empresa tem por objetivo reduzir, numa década, 31% da pegada carbónica e hídrica dos seus fornecedores.

21 de Fevereiro de 2024 às 09:48
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A MC desenvolveu a plataforma "Footprint MC", com vista a apurar a pegada carbónica e hídrica dos seus fornecedores. A plataforma deverá contribuir para o objetivo da empresa de reduzir as emissões da cadeia de abastecimento em 31% numa década, nomeadamente em 2032 relativamente a 2022.

"A redução de 31% das emissões da nossa cadeia de abastecimento é um objetivo extremamente ambicioso, que reflete a necessidade de alinhamento e colaboração entre os diferentes players", refere Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC, explicando que "convidamos os nossos produtores a submeterem informação relativa às suas explorações e, com base nessa informação, calculamos a pegada dos produtos, informamos os produtores sobre a evolução registada face a exercícios anteriores, identificamos áreas e oportunidades de melhoria, bem como o posicionamento face à média dos fornecedores MC".

Ao Negócios, a responsável adiantou também que a empresa tem vindo a trabalhar com os fornecedores da indústria de forma a mapearem as principais iniciativas em curso, de forma a ampliarem esforços e impacto neste objetivo.

Com foco na produção nacional, inovação e capacitação dos produtores, também o Clube de Produtores Continente presta apoio técnico aos seus membros. O reconhecimento é feito através de um sistema integrado de certificação, onde são avaliados indicadores de qualidade, segurança alimentar, desempenho ambiental, bem-estar animal e responsabilidade social.

Outra das medidas em curso para impulsionar a sustentabilidade na cadeia de fornecedores é a aplicação de uma solução de "confirming ESG", ou seja, que "permite aos fornecedores receberem antecipadamente o pagamento das faturas em condições indexadas a critérios de sustentabilidade".

A MC anuncia também que registou uma redução de 34%, das suas emissões mais diretas (âmbito 1 e 2) em 2023 face a 2018, "um percurso ancorado no Roadmap de Ação Climática que desenhámos e que é potenciado pela cultura de sustentabilidade que vivemos na MC", refere ao Negócios.

Entre as principais ações destacam-se o investimento na produção "on-site" e aquisição de energia produzida a partir de fontes renováveis; a implementação de medidas de ecoeficiência; a eletrificação dos consumos; e a alteração das centrais de frio. "O programa de alteração das nossas centrais de frio sofreu um forte impulso no último ano com a renovação de 20 centrais. Um investimento significativo que terá reflexos mais expressivos nos próximos anos", conta Mariana Pereira da Silva.

 

A MC tem também um plano de alteração de embalagens em curso, baseado em princípios de ecodesign e design4recycling, para garantir o desenvolvimento de raiz de embalagens recicláveis para os seus produtos. "Criámos um Manual de Packaging onde sistematizamos as orientações a considerar no processo de desenvolvimento ou alteração das embalagens dos nossos produtos de marca própria", explica a responsável de Sustentabilidade, referindo que o plano de alteração das embalagens "permitiu atingir, em 2023, uma taxa de reciclabilidade de 86% das nossas embalagens de plástico".

A MC foi recentemente distinguida pelo Carbon Disclosure Project (CDP) pela sua ação no combate às alterações climáticas e tem como objetivo reduzir em 51% as emissões de gases com efeito de estufa das suas operações em 2032 face a 2022.

 

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