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IPO do Porto investe 5,3 milhões para poupar e tornar-se mais verde

O maior prestador de cuidados nacionais de oncologia está a implementar uma série de medidas, como a instalação de 200 painéis solares térmicos, para reduzir a fatura anual da energia em cerca de 387 mil euros e a sua pegada ecológica.

20 de Agosto de 2020 às 12:29
Entraram esta semana em funcionamento 200 painéis solares para aquecimento de águas sanitárias no IPO do Porto.
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A pandemia não conseguiu travar a aposta ecológica do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, onde ainda esta semana entraram em funcionamento 200 painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias, distribuídos pelos edifícios de cirurgia e dos laboratórios, permitindo aos doentes internados usufruir de banho e outros cuidados de higiene pessoal com energia limpa.

"Um investimento na ordem dos 500 mil euros que vai permitir uma poupança significativa de gás natural, com esperado retorno em sete anos", realça o IPO Porto, em comunicado.

Outros 500 mil euros foram investidos na substituição de geradores de vapor por caldeiras de água quente e caldeiras de vaporização rápida, que servem as unidades de tratamento de ar afetas ao bloco operatório, unidade de cuidados intensivos e serviço de esterilização, entre outros serviços. 

Trata-se de duas das primeiras melhorias já implementadas pelo IPO do Porto ao abrigo da candidatura ao programa POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), aprovada em 2017 e que tem como objetivo reduzir a fatura energética e diminuir as emissões de CO2.

"No conjunto de todas as medidas, o IPO do Porto irá ver reduzida a sua fatura anual da energia em cerca de 386 mil euros (uma descida dos 886 mil euros para os 500 mil euros) e uma restrição de mais de 1.400 toneladas de gases produtores de efeito de estufa", garante a instituição.

De acordo com o IPO do Porto, o investimento total neste plano de eficiência energética ronda os 5,3 milhões de euros, que é comparticipado por fundos comunitários em 4,5 milhões.

"Foi para o IPO do Porto um grande desafio melhorar o desempenho energético dos seus edifícios e promover a utilização racional dos recursos. É um projeto ainda em curso mas que muito nos orgulha por já termos alcançado os primeiros resultados e pela perseverança de agarrar a oportunidade de financiamento para modernizar o hospital e contribuir ativamente para a utilização das energias renováveis nas infraestruturas públicas", afirma Rui Henrique, presidente daquele que é o maior prestador de cuidados nacionais de concologia.

Nesta fase, o IPO do Porto estima que "cerca de 30% deste ambicioso projeto esteja já implementado", prevendo que "até ao final de 2020 mais de 60% do programa esteja concluído".

O programa inclui outras etapas com medidas "muito importantes e específicas" para os Edifícios de Cirurgia e dos Laboratórios: implementação de painéis fotovoltaicos (produção de energia elétrica), substituição da iluminação convencional por LED, implementação do sistema de gestão técnica e centralizada, e recuperação das fachadas e caixilharia dos edifícios.

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