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A oferta de fundos com selo sustentável no mercado nacional é ainda curta, com as entidades nacionais a começarem a acordar para uma realidade que tem vindo a ganhar tração lá fora. No entanto, isso deverá mudar nos próximos meses. As maiores gestoras nacionais preveem reforçar a oferta de fundos com selo ESG.
Apenas quatro fundos nacionais, detidos pela Caixa, IMGA e Santander AM, seguem critérios ambientais, sociais e de governo das sociedades (ESG, na sigla em inglês). Mas isto deverá mudar. “A IMGA enquanto sociedade gestora continua a investir de forma recorrente tendo os critérios ESG sempre presentes na sua decisão de investimento”, explica Jorge Neves. O diretor comercial da IMGA adianta que “para 2021 está previsto converter alguns dos atuais fundos geridos pela sociedade em ESG”.
Já o BPI, cuja oferta de fundos não inclui produtos ESG, está a analisar o lançamento destes fundos, mas nota que “a larga maioria dos fundos de investimento geridos e oferecidos em Portugal, em particular os da BPI GA, estão ao abrigo dos Princípios de Investimento Responsável das Nações Unidas (UNPRI), pelo que devem incorporar princípios de sustentabilidade, ainda que não tenham essa designação”, refere fonte da instituição, adiantando que “os próximos meses vão ser críticos para o estabelecimento de padrões de mercado no que toca ao tema da sustentabilidade”.
O Novo Banco, que detém a GNB, pretende “incluir na oferta de fundos de terceiros, que disponibilizamos aos nossos clientes, fundos de investimento com ‘selo ESG’”. Também o Abanca está focado em continuar a aumentar a oferta de fundos sustentáveis. “Temos estado a acrescentar fundos de grande qualidade à nossa lista e esse reconhecimento tem-se sentido ao nível das subscrições”, conclui o Abanca.