Opinião
Super Mario e o novo desafio no labirinto dos estímulos
É uma gestão complexa a que Mario Draghi tem em mãos. A poucos dias de uma nova reunião de política monetária da instituição, cresce a especulação em torno do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE).
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Com a divisa europeia próxima da barreira de 1,20 dólares e no valor mais elevado desde Janeiro de 2015, a expectativa é que a autoridade monetária decida manter um tom conservador, destacando que a moeda negoceia em níveis demasiado elevados. Mas este poderá ser um revés aos planos de Mario Draghi, uma vez que muitos economistas antecipavam que o responsável pudesse aproveitar a primeira reunião depois do Verão para endurecer um pouco o tom do seu discurso, de modo a preparar o mercado para o anúncio de uma redução do seu programa de compra de activos mais para o final do ano, início de 2018.
Mas, se para os investidores a sensação de que esta "rede de segurança" sob a forma de estímulos monetários poderá prolongar-se por mais algum tempo, para o sector financeiro, a extensão dos juros em mínimos significa margens deprimidas. Interesses opostos, num labirinto que Mario Draghi tem de desvendar, de modo a preservar a estabilidade que conseguiu a esforço.
Jornalista