Opinião
Quando as más notícias são boas para alguém
Este domingo ficou marcado por mais um tiroteio nos Estados Unidos. Deste lado do Atlântico, na segunda-feira, acordámos com a notícia de que 50 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas com os disparos de um ataque que terá sido feito a partir de um hotel em Las Vegas.
Uma má notícia que levantou ondas de choque em todo o mundo. Mas, mesmo neste que já é considerado como o tiroteio mais mortífero dos Estados Unidos, há boas notícias para alguém. É até cruel fazer este raciocínio. Mas não é assim que pensam os mercados. As acções de algumas das maiores fabricantes de armas dos Estados Unidos registaram valorizações expressivas em Wall Street. A American Outdoor Brands (antes designada como Smith & Wesson) e a Sturm, Ruger & Co. valorizaram mais de 4%, na primeira sessão desta semana, segundo a Business Insider. Este é o comportamento habitual destas acções após este tipo de acontecimentos. Isto porque, sempre que há tiroteios, é retomado o debate em torno de um maior controlo de armas no país. E aumenta a especulação de que muitas pessoas possam comprar armas para se anteciparem a uma nova legislação. No mercado, há sempre quem ganhe, mesmo quando todos perdemos.
Jornalista