Opinião
Afinal Itália não precisa de mais estímulos
O debate em torno da retirada de estímulos na Europa não é novo, mas à medida que se vai aproximando a data prevista para o fim destes apoios por parte do Banco Central Europeu aumenta a especulação sobre o impacto desta retirada.
Com os riscos criados pelas crescentes tensões comerciais crescem os receios de que o fim do programa de compra de activos no final de 2018 seja precipitado. Depois de um estudo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ter vindo sugerir que é preciso cautela quanto à inversão da política monetária expansionista do BCE, surgiram notícias de que Itália terá pedido a Mario Draghi um novo programa de compra de activos, após a extinção do actual plano. O objectivo seria fornecer protecção adicional às obrigações transalpinas, dado o ambiente conturbado que enfrentam, com os investidores a evitarem a dívida italiana. No entanto, esta informação, avançada pelo jornal italiano La Stampa, foi entretanto negada pelo Executivo. Tendo em conta que o BCE continua activo no mercado, não será seguramente por falta de ajuda da entidade que as obrigações de Itália têm disparado. Cabe agora aos governantes reconquistar a confiança dos investidores.
Jornalista