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11 de Novembro de 2016 às 09:30

Trump, a Coca-Cola, as teorias instantâneas e os media

A eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA continua na ordem do dia e proporciona opiniões para todos.

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Afinal, a vitória de Trump tem tido um percurso igual ao do "slogan" que Fernando Pessoa criou para a Coca-Cola: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se." E os media, esmagadoramente contra Trump, estão na linha de fogo.

No Público, João Miguel Tavares diz que "Trump foi destruído, gozado e arrasado, por tudo o que é revista e jornal", para mais à frente concluir que "60 milhões de americanos ignoraram olimpicamente tudo o que viram, leram e ouviram". Por isso, conclui, "não admira o ar de defunto da comunicação social. No dia 8 de Novembro de 2016 ocorreu uma espectacular derrota do jornalismo".

Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias, constata que os media passaram a protagonistas do dia seguinte. "Segundo instantâneas teorias sociais, a unanimidade dos jornais e das televisões e a forma acintosa de alguns dos ataques tiveram o efeito perverso de atirar muitos eleitores para o voto Trump."

Mas Ferreira Fernandes assinala que este remoque não é aceite por todos. E dá o caso de David Remnick, prémio Pulitzer e director da revista New Yorker há 18 anos, segundo o qual "Trump é a vulgaridade sem limites". Com ironia, Ferreira Fernandes termina assim a sua crónica: "Escrito dois dias antes, talvez tivesse dado mais uns votos ao novo Presidente."

O "primeiro estranha-se, depois entranha-se" de Fernando Pessoa está também presente no artigo de opinião assinado por Carlos Rodrigues no Correio da Manhã. "Olhemos para as eleições americanas pelo lado positivo: com o Ocidente vergado ao pensamento único, Donald Trump pode trazer um abanão virtuoso."

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