Opinião
O jantar de Juncker com Theresa May. E o assassínio em Malta
Theresa May e Jean-Claude Juncker tiveram um jantar "íntimo", segundo o Politico/Europe, em que a primeira-ministra britânica tentou conquistar o presidente da Comissão Europeia e o chefe das negociações, Michel Barnier, para as suas teses.
Entretanto o Independent diz que se não houver acordo com a UE sobre o Brexit isso custará a cada família britânica, por anos, 500 libras. No Guardian, Aditya Chakrabortty escreve: "A política, segundo se diz, é a arte do possível. Já não. Não na era do Brexit e de Trump. Em 2017, a política é a arte do impossível. De assinar cheques em branco e de atirá-los ao vento. De fantasias e de promessas de que elas serão reais amanhã, aos eleitores. (…) O leão britânico rugirá, promete o secretário dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, enquanto Liam Fox, o ministro antigamente conhecido como desgraçado, atira-se à BBC por ser demasiado pessimista". No Independent, Ben Chu alerta: "Alguém falou dos 'brexiters'? O seu último pedido é que a Grã-Bretanha se prepare para um 'não acordo' no Brexit para demonstrar aos europeus que estamos a levar a sério a saída se não conseguirmos o que queremos. (…) Só que o Brexit não é a Guerra Fria. Não há armas nucleares britânicas viradas para a Europa e vice-versa. Haveria consequências graves para a UE se não houver acordo. (…) Mas as consequências seriam piores para o Reino Unido. Caos nos portos, voos em terra, danos massivos na indústria doméstica, perdas de empregos, tudo se seguiria."
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