Opinião
Entre o amor e o ódio. As lições de Manchester
O atentado suicida de Manchester, que ceifou a vida de jovens que apenas se queriam divertir num concerto, traz novamente para os nossos dias a questão do terrorismo que não procura alvos políticos ou económicos, mas apenas os comuns cidadãos.
É apenas o horror e o medo generalizado que busca. Que justificação há para usar bombas que, além dos que matam, dilaceram para sempre as vidas de quem ainda estava na flor da idade? Há explicação racional para isso? Talvez já não haja. Mas as sociedades ocidentais têm de estar preparadas para este novo mundo, sem regras e sem segurança. Talvez por isso, no Guardian, George Monbiot escreva: "Não deixem os assassinos psicopatas suprimir a nossa humanidade." E acrescenta: "O propósito do terrorismo, seja o que é perpetrado por atacantes solitários, organizações ou Estados, não é apenas para mudar o futuro político: é para desmoralizar as pessoas a quem se destina, para degradar a sua humanidade. Isto é a razão por que o terrorismo existe: os que o fazem sabem que um ataque a um é um ataque a todos. Isto cultiva um ambiente político onde os terroristas prosperam: uma nação dominada pelo medo, um ciclo de vingança e o aumento dos conflitos."
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