Opinião
A retórica de Trump e o adeus de Usain Bolt
Todos pedem a Donald Trump para acalmar as suas reacções. Xi Jinping já lhe pediu para moderar as suas palavras sobre a Coreia do Norte.
Os mercados também agradeciam uma acalmia na retórica bélica. Mas foi a falta de palavras firmes sobre os distúrbios de Charlottesville, na Virgínia, que causaram vítimas mortais, que originam agora crítica ao Presidente. Trump criticou a "violência de todo o tipo" e não a da extrema-direita racista, que causou os mortos. As críticas vieram do próprio Partido Republicano, cada vez mais nervoso com o que se passa na Casa Branca. Marco Rubio veio dizer que Trump precisa de actuar mais decisivamente num caso como este e escreveu no Twitter: "Não há nada patriótico no KKK, nos nazis e nos supremacistas brancos. É o oposto do que a América quer ser." Outros senadores republicanos também mostraram o seu descontentamento com Trump, como fez Orrin Hatch: "Devemos chamar o diabo pelo seu nome. O meu irmão não deu a sua vida a combater Hitler para que agora as ideias nazis surjam sem desafio aqui em casa." Recorde-se que Richard Spencer, o pai do conceito de "alt-right" (direita alternativa), qualificou em Novembro de "despertar" a vitória de Trump.
Mais artigos do Autor
Obrigado por este bocadinho
28.11.2018
Ministério da Incultura?
27.11.2018
A Rota da Seda entre a China e Portugal
26.11.2018
Costa e a política líquida
26.11.2018
A dança das culpas
25.11.2018
O país do desenrasca
20.11.2018