Opinião
O orgulho islandês
O jogo estava empatado a uma bola já nos descontos. O resultado era suficiente para que a Islândia ficasse em terceiro lugar e transitasse para o quadro mais simpático da fase do "mata-mata".
Os islandeses tinham na mão o poder de controlar o seu destino. Ou geriam o empate e defrontariam a Croácia. Ou procuravam a vitória sob pena de apanhar a Inglaterra, no lote do lago dos tubarões em que estão potências como França, Alemanha, Espanha e Itália.
Mas num contra-ataque relâmpago, os islandeses correram como se não houvesse amanhã para terminar o jogo com a honra da vitória. Noutros países os comentadores faziam contas sobre em que metade do lote do "mata-mata" se iria ficar.
Na Islândia, o relato do jogo correu mundo com um comentador em êxtase numa linguagem imperceptível. Enquanto noutro relvado se empatava e mastigava o jogo nos minutos finais para não correr riscos, a Islândia não esteve cá com meias medidas. Inconsciência ou não, com este espírito aventureiro os ingleses que se cuidem.