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Biden e Putin tiraram argumentos a Bolsonaro

Ideologicamente nos antípodas, o presidente dos EUA e o da Rússia convergem no reconhecimento da vitória de Lula da Silva

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Jair Bolsonaro não aceita o resultado da segunda volta das eleições presidenciais brasileiras que deram a vitória a Lula da Silva por escassa vantagem.

Nem ele, nem boa parte do seu eleitorado.

O silêncio de Bolsonaro, depois de conhecidos os resultados, é um sinal óbvio de que pediu aos seus colaboradores que definissem uma estratégia para contestar a contagem dos votos.

O amanhecer no Brasil será marcado pela dúvida quanto a um possível comportamento do ainda inquilino do Palácio do Planalto e dos seus correligionários.

Todavia há uma circunstância externa que joga a desfavor de Bolsonaro e que este não pode controlar.

Dos Estados Unidos a França, passando pela Rússia, a esmagadora maioria dos chefes de Estado e do Governo deram os parabéns a Lula da Silva pela vitória.

Isto é, Biden, Macron, Putin, Marcelo e muitos ouros (distantes ideologicamente) validaram internacionalmente os resultados retirando margem de manobra a Bolsonaro.

Caso o atual presidente promova uma revolta e incite a uma qualquer espécie de golpe de Estado, condenaria o Brasil a um isolamento internacional.

Jair Bolsonaro até pode ansiar por uma rutura. Contudo, os seus apoiantes mais lúcidos e os militares não irão querer condenar o país a um ostracismo que não interessaria a ninguém e sujeitaria o Brasil a sanções internacionais que impactariam negativamente a economia e todos os estratos sociais.

As próximas horas serão decisivas para perceber o futuro imediato do Brasil.

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