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25 de Maio de 2009 às 12:01

Um novo desafio: Consultoria Financeira Preventiva e Formativa

Não precisamos de fazer um grande esforço, para nos apercebermos de que existe um forte crescimento da oferta de prestação de serviços financeiros, através das mais variadas profissões e empresas. Não é um fenómeno novo no...

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Não precisamos de fazer um grande esforço, para nos apercebermos de que existe um forte crescimento da oferta de prestação de serviços financeiros, através das mais variadas profissões e empresas. Não é um fenómeno novo no mundo e muito menos em Portugal.

Os Correspondentes Bancários existiam antes da nacionalização da Banca em 1975, eram consideradas pessoas de referência, conceituados e credíveis. Mediavam praticamente todas as operações do banco que representavam, incluindo pagamentos ou recebimentos de quantias em dinheiro, obviamente à sua escala e disponibilidade. A partir de 2001 foi retomada a actividade com a figura dos "Promotores Externos", a qual se encontra regulamentada.

Pese embora alguns acontecimentos menos positivos, aos quais em Portugal, já não estávamos habituados há várias décadas, temos um sector Bancário, cujo desenvolvimento tecnológico, gestão, competitividade e dinâmica, ombreia com os melhores do mundo. Esta evolução e salutar concorrência gera benefícios para o consumidor final, aumenta o nível de conhecimento dos clientes, torna-os menos dependentes de uma instituição e cria-lhe expectativas de poderem encontrar um serviço e um produto, cuja relação custo/benefício seja sempre melhor do que a anterior.

Como o tempo é um bem escasso, perecível, que não pode ser poupado, nem armazenado e se esgota todos os dias, sem respeito pelo modo como o utilizamos, estabelecemos prioridades e ficamos disponíveis para comprar serviços que maximizem o nosso tempo e dinheiro.

É neste contexto que surgem as Consultoras Financeiras. Esta actividade não pode ser encarada como a salvação dos aflitos e inibidos, onde "sem perguntas", se procura obter mais um empréstimo, ignorando, se a sua finalidade, condições, prazo, capacidade de pagamento e liquidez, se adequam ao bem que se pretende adquirir ou ao tipo de financiamento que se pretende liquidar. Não nos podemos deixar endividar com empréstimos de curto prazo, para fazer face a responsabilidades vencidas de longo prazo. O tempo que medeia entre a concessão do empréstimo e a centralização de responsabilidades, não pode ser aproveitado para endividamentos inadequados de baixos montantes, mas cujo somatório, gera encargos incomportáveis desde a primeira prestação.

As instituições que apresentam produtos inovadores e seguros, com benefícios inequívocos para o cliente, vêm na consultoria financeira, uma parceria vantajosa para todos os intervenientes, e criaram módulos de formação específicos para parceiros, onde são analisadas e explicadas as características e vantagens dos respectivos produtos e, muito importante, como comparam com a concorrência.

É urgente e necessário criar uma nova cultura de Consultoria Financeira de actuação preventiva. O objectivo é claro: actuar a montante e encontrar antecipadamente soluções adequadas, que contribuam para o bem-estar de quem recorre a estes serviços.

Uma correcta qualificação financeira e uma melhor gestão dos orçamentos geram menos incumprimento nas instituições de crédito, menos absentismo, maior satisfação do trabalhador, mais rentabilidade no trabalho, menos divórcios, mais tranquilidade familiar e paz social.

Por razões sociais e económicas, cada um de nós e o Estado, como um todo, temos o dever de actuar. Ser "treinador de bancada" no futebol, alivia o stress e faz bem ao ego. Na Consultoria Financeira não podemos colocar no mesmo "saco" empresas com portas abertas ao público, com imagem institucional, que investem em recursos humanos classificados, ferramentas informáticas de última geração, módulos de formação internos e externos, ministrados por entidades inquestionáveis nesta actividade e matéria, como é o caso do IFB - Instituto de Formação Bancária, e por outro lado, operadores avulso que desaparecem mais rapidamente do que apareceram.

Século XXI é sinónimo de globalização, informação, sociedade do conhecimento, redefinição de tempo e espaço, competências técnicas, adaptação a novas situações e novos negócios, em que a Consultoria Financeira é uma realidade e o caminho certo passa por profissionalizar, regulamentar e FORMAR, FORMAR, FORMAR.


Director Geral da MAXFINANCE e convidado do curso de PG em Marketing & Banking Social Media do ISGB.
Coluna mensal à segunda-feira


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