É que a administração a que preside continua a depender do conselho geral e de supervisão, presidido por Jardim. Mas vamos admitir que Jardim não avança para a destituição do CEO (medida que poderá dar cabo do que resta do seu prestígio) e que os "jovens turcos" conseguem limitar os poderes do conselho de supervisão. Teixeira Pinto corre o risco de ficar refém de accionistas com interesses bem distintos. Que há de comum entre João Rendeiro, Joe Berardo, Manuel Fino, Filipe de Botton, João Pereira Coutinho e, agora, Nuno Vasconcelos (dado como próximo do grupo Espírito Santo)? Alguns apoiam o actual CEO porque acreditam que o BCP precisa de sangue novo para enfrentar um mercado cada vez concentrado (a banca europeia mudou muito nos últimos cinco anos); outros querem usá-lo como "proxy" na guerra contra Jardim para depois o reformarem; outros ainda sonham com Tróia. Não, não é a de Setúbal? Com tanto "bad blood" pelo meio, se calhar só mesmo uma OPA consegue pôr ordem na casa.