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Pssst! Sr. governador, olhe aqui para o lado

Jose Luis Molina, governador do Banco de Espanha, fez um sério aviso ao governo de Rodriguez Zapatero, advertindo-o de que não há espaço para mais estímulos à economia (até porque a dívida pública vai saltar de...

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Jose Luis Molina, governador do Banco de Espanha, fez um sério aviso ao governo de Rodriguez Zapatero, advertindo-o de que não há espaço para mais estímulos à economia (até porque a dívida pública vai saltar de 39% do PIB em 2008 para 60% em 2010). Isto depois de o primeiro-ministro, logo a seguir à substituição de Pedro Solbes nas Finanças (mera coincidência...), ter admitido mais despesa pública. Solbes, recorde-se, achava que o Estado espanhol já tinha ido suficientemente longe nos programas de investimento público.

É bom ver que no "barulho da crise", quando os governos tentam meter pela janela o que não conseguem meter pela porta, há bancos centrais atentos. Não apenas convidando-os a não gastarem em excesso, mas alertando para o facto de novos pacotes de estímulo não servirem para nada.

Como em Portugal o cenário é semelhante (com muito activismo gastador do Governo), o Banco de Portugal pode tirar daqui algumas ilações. É verdade que Vítor Constâncio "sugeriu" esta semana ao Governo que trace já um plano de consolidação orçamental para o período pós-recessão. Mas como em São Bento ninguém deu pela "sugestão" (assim como ninguém deu pelas dúvidas do Presidente da República em relação ao investimento público), a conclusão é inevitável: a coisa não vai com bons modos. É altura de Vítor Constâncio mostrar que o Banco de Portugal existe para servir os interesses do País, e não do Governo. Deste ou de outro qualquer.
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