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Moral hazard, release 3.0

Quem estudar as principais economias nos últimos 20 anos espanta-se com o facto de não terem sofrido grandes sobressaltos (recessões profundas). A explicação estará na independência dos bancos centrais, o que lhes permitiu gerir a política monetária sem o

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Se a primeira parte da explicação merece aplauso, a segunda é duvidosa. As autoridades inglesas fizeram bem em socorrer o Rock (ver crónica de 21 de Setembro de 2007)? Ou deviam tê-lo deixado falir, obrigando os accionistas a assumir as consequências do défice de sindicância à gestão do banco (o raciocínio vale para o Stearns)?

Até hoje as autoridades têm achado que a falência de bancos pode gerar uma espiral de pânico, agravada pela ausência de fronteiras, difícil de travar. Por isso, optam pelo socorro, mas ao fazê-lo incentivam o “moral hazard”. Com consequências visíveis (?): a dimensão dos riscos assumidos pelo sector financeiro desde a última “bolha” não está baseada na “convicção do socorro” (nenhum governo deixa cair bancos), que se instalou no mercado? Se assim for, ou as autoridades reforçam a regulação, limitando a criatividade dos bancos, ou deixam alguém falir. Porque a auto-regulação, defendida pelo economista chefe do BCE, não vai funcionar.

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