Opinião
Há o efeito Janeiro e depois há o efeito Trump
Nos mercados acionistas há vários adágios que tendem a antecipar movimentos nos mercados. Ainda que nem se provem verdadeiros, a verdade é que historicamente estes adágios estão associados a determinados comportamentos dos investidores.
Depois do "rally do Pai Natal", que este ano esteve bem longe dos mercados, vem o chamado efeito janeiro. Diz o ditado que conforme corre janeiro assim corre o ano inteiro. Mas com Donald Trump a twittar constantemente sobre os mercados acionistas, mais facilmente poderemos falar do efeito Trump.
Enquanto as bolsas dos EUA comemoraram sucessivos recordes, que já vinham da era pós-Trump, o presidente norte-americano não hesitou em assumir os louros dessas valorizações. Quando as ações inverteram a tendência nada disse, nem assumiu responsabilidade pela instabilidade gerada pela guerra comercial. Em vez disso atirou culpas à Reserva Federal por causa da normalização das taxas de juro. Agora, com o risco de um "shutdown" nos EUA a pesar nos mercados, diz que esta situação pode prolongar-se por muito tempo. Quanto às bolsas, Trump diz que o pior mês em Wall Street desde 2009 não foi mais que "uma pequena anomalia" e que as ações vão voltar a subir.
Enquanto as bolsas dos EUA comemoraram sucessivos recordes, que já vinham da era pós-Trump, o presidente norte-americano não hesitou em assumir os louros dessas valorizações. Quando as ações inverteram a tendência nada disse, nem assumiu responsabilidade pela instabilidade gerada pela guerra comercial. Em vez disso atirou culpas à Reserva Federal por causa da normalização das taxas de juro. Agora, com o risco de um "shutdown" nos EUA a pesar nos mercados, diz que esta situação pode prolongar-se por muito tempo. Quanto às bolsas, Trump diz que o pior mês em Wall Street desde 2009 não foi mais que "uma pequena anomalia" e que as ações vão voltar a subir.
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