Opinião
E o sucessor é...
Quando Belmiro de Azevedo anunciou que ia deixar funções executivas para ser "chairman" da Sonae, disse que qualquer dos quatro vice-presidentes lhe pode suceder. Teoricamente é verdade: Álvaro Portela, Nuno Jordão, Ângelo Paupério e Paulo Azevedo são exc
Mas terão todos as mesmas hipóteses? Não. Por "culpa" de Paulo. Não tanto por ser filho de quem é, mas porque fez um percurso notável nos últimos dez anos: começou por baixo e "rodou" todas as áreas da Sonae. Com isso, ficou a conhecer bem todo o grupo. Além disso, tem competências que o próprio Belmiro não possui (v.g. inteligência emocional, activo fundamental na gestão das empresas modernas).
Resta uma incógnita: se a OPA falhar, o seu favoritismo sai beliscado? Sim (Belmiro não terá, aqui, um plano B?).
Mas não é provável que um eventual insucesso o faça perder a "pole position", até porque os interesses em volta da PT podem chegar para bater a lógica do mercado...
Dito isto, o que falta definir?
O futuro dos outros vice-presidentes. Todos aceitarão, pacificamente, a consagração de Paulo? Ou mudar-se-ão para empresas onde possam ser "número um" (como aconteceu na GE, depois da saída de Welch)? Apesar da ajuda que vai ter do pai, esta será a primeira grande prova de Paulo Azevedo. Passá-la-á com sucesso? É bem provável.