Opinião
Duas maneiras de lavar a imagem com as contas públicas
Se António Costa precisava de “brilharetes” para limpar a imagem do “PS da bancarrota” e assegurar confiança na Geringonça, Montenegro precisa de evitá-los para apagar “o PSD da austeridade” e assegurar a sobrevivência do governo minoritário. Nenhuma destas duas necessidades táticas foi, ou é, forçosamente má para o interesse do país.
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O ministro Pedro Duarte retratou a ortodoxia financeira de Mário Centeno como tendo “um preço para o país”, o que me fez lembrar de quando o PSD dizia em 2016 que Centeno seria a cara da irresponsabilidade orçamental do PS. A elasticidade da narrativa de um partido de poder segue a alteração das circunstâncias e, por vezes, vem com as suas ironias.