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Chegámos ao Zimbabué?

Uns arruaceiros com ar de “hippies” fora de tempo e provavelmente com poucos neurónios na cabeça destruíram uma plantação (legal) de milho transgénico nas barbas da GNR. Vou-me abster de fazer um sumário da abundante literatura sobre os alegados perigos d

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Vou-me abster de fazer um sumário da abundante literatura sobre os alegados perigos dos GMO (produtos transgénicos), cujo cultivo está a crescer exponencialmente, até nos países industrializados: no mundo, mais de metade das plantações de soja, mais de 25% das de milho e um décimo das de algodão são de GMO. Vou-me abster de referir que organizações respeitáveis, como a OMS (e a OMC), já destruíram muitos dos mitos associados aos GMO. E vou-me abster de lembrar que a resistência aos GMO é, sobretudo, um complexo da Europa (que vive de barriga cheia, ao contrário dos milhões que morrem à fome em África e noutras paragens, à conta de culturas sistematicamente destruídas por pragas endémicas).

Vamos centrar-nos na legalidade: o que levou a GNR, presente no local, a não impedir a devassa de propriedade e a destruição de bens? Ter-se-á acobardado, receando que uma carga policial fizesse as honras dos telejornais? É pena. Porque há cargas policiais? e cargas policiais. E esta era inteiramente justificada. Se um grupo de idiotas, cobardemente “encapuzados”, que recebeu o apoio de um deputado, não gosta de GMO tem solução: recorre aos tribunais. Não pode é agir como se vivesse no Zimbabué.

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