Desde que, no final de Março, o PSI deu o seu primeiro grande sinal de força tenho procurado, semanalmente, ir fazendo o ponto de situação deste momento importante da Bolsa portuguesa. E a verdade é que este movimento de quebra da resistência tem sido tão perfeito que o principal índice português parece cumprir um guião escrito pelos clássicos livros de análise técnica.

Na semana passada, publiquei o artigo intitulado "A correcção que acalma os touros". Defendi que a correcção ocorrida nas 3 anteriores semanas, em vez de ser vista como preocupação, devia ser vista como um sinal positivo trazendo de volta algum cepticismo, fundamental para um novo arranque. Esta semana, a Bolsa portuguesa regressou às subidas atingindo máximos do último ano, confirmando todos os bons sinais que vem dando.

É evidente que as boas notícias que têm saído sobre a economia portuguesa ajudam, mas as próprias subidas no mercado fazem regressar a confiança, trazem de volta alguns investidores e até convencem os seguidores de tendências, como eu. Enquanto o PSI continuar acima da zona entre os 4750 e os 4850 euros, os touros continuam confiantes e a festejar como há bastante tempo não o faziam.

Alguns estranham o fim do meu pessimismo depois de 3 anos sempre com comentários negativos sobre o PSI. Mas aqueles que me lêem há mais de 15 anos, já sabem que não sou um eterno urso ou touro. Sou fiel a um dos clãs, mesmo sendo monótono e nada popular. Mas quando os sinais de mudança aparecem, mudo rapidamente de vestes. Porque na Bolsa não são os touros nem os ursos que ganham. Prefiro ser um camaleão que muda de cor na altura certa.

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