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Conferência dos Oceanos 2022: ligar os empreendedores aos investidores do mar sustentável

Se é verdade que estamos perante um momento de crise ambiental dos oceanos – com impactos tremendos nos efeitos das alterações climáticas -, também é um facto que vivemos um momento de oportunidade única para definir novos modelos para monetizar o mar com a sustentabilidade na equação do lucro.

Vem aí a 2ª Conferência dos Oceanos da ONU (UN Ocean Conference - UNOC), que se realizará em Lisboa na semana 27 de junho a 1 de julho, uma iniciativa organizada em conjunto por Portugal e o Quénia. O grande objetivo da UNOC é mobilizar os atores estatais e os privados rumo à implementação de políticas e ações que concretizem o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 – Proteger a Vida Marinha. É com muita honra que o Fórum Oceano se associa a esta iniciativa, tendo sido designado pela UNOC como "Portuguese Stakeholder", a par da Fundação Oceano Azul.  

 

Segundo a definição da ONU, o ODS 14 visa proteger e assegurar a utilização sustentável dos oceanos. Tal inclui a redução da poluição marinha e dos impactos da acidificação dos oceanos, o fim da sobrepesca e a conservação das zonas e ecossistemas marinhos e costeiros. O ODS 14 tem fortes interdependências com uma vasta gama de outros ODS, uma vez que os oceanos apoiam as economias costeiras e os meios de subsistência e contribuem para a produção de alimentos, funcionando simultaneamente como sumidouros da poluição terrestre e marítima.

 

Como se verifica, é um momento de suma importância para o debate da regulação global da governação dos oceanos, que impacta todas as indústrias que têm o mar como fonte da sua atividade. É efetivamente neste ponto que a Conferência dos Oceanos de Lisboa pode marcar a diferença: para além da habitual negociação diplomática inerente a estes processos, mas cuja eficácia é muitas vezes duvidosa, irão existir momentos relevantes para as comunidades empresarial, de investimento e tecnológica se conectarem para a implementação de novos modelos de negócio sustentáveis.

 

O mais importante desses momentos será o evento paralelo à UNOC denominado Sustainable Blue Economy and Investment Forum (SBEIF), que se realizará no Centro de Congressos do Estoril, na tarde do dia 28 de junho. O objetivo do SBEIF é ser um encontro de alto nível entre os CEO das maiores empresas globais das indústrias oceânicas, com a finalidade de os mobilizar a adotar novas estratégias de negócio que implementem uma economia azul sustentável.

 

Outra iniciativa dirigida à comunidade empresarial e tecnológica é a do "One Sustainable Ocean – Ocean Science and Business2Sea" (OSO), que se realizará durante toda a semana da UNOC, debaixo da Pala do Pavilhão de Portugal. Com base numa organização conjunta liderada pelo Fórum Oceano, que integra a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação de Ciência e Tecnologia, a iniciativa conta com 65 expositores, 77 conferências e atividades b2b para conectar as comunidades empresarial, de investidores e tecnológica.

 

Entre as diversas conferências do OSO, há que destacar a da "Family Office Ocean Investment Summit", organizada conjuntamente pela Innovation 4.4 (plataforma de investimento dos EUA) e a empresa portuguesa Best Emotions, a qual irá juntar 42 fundos de investimento de diversos pontos do globo que almejam investir na economia do mar.

 

Como se verifica, se é verdade que estamos perante um momento de crise ambiental dos oceanos – com impactos tremendos nos efeitos das alterações climáticas -, também é um facto que vivemos um momento de oportunidade única para definir novos modelos para monetizar o mar com a sustentabilidade na equação do lucro.

 

É neste foco que se centra a ação do Fórum Oceano durante a semana da UNOC: conectar os atores-chave para posicionar Portugal como país-líder da economia do mar sustentável do agora!

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