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Vila Galé, CIN e a imagem de Portugal

Temos setores que beneficiaram da situação e cresceram tendo em conta a nossa mudança de hábitos, com um maior enfoque em bens e serviços para consumir dentro de casa, a nossa necessidade de equipamentos de proteção individual, entre outros.

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Este contexto pandémico teve diferentes impactos em diferentes setores, destacando duas empresas portuguesas de grande referência e as suas mensagens sobre a imagem de Portugal.

Primeiro, temos setores que beneficiaram da situação e cresceram tendo em conta a nossa mudança de hábitos, com um maior enfoque em bens e serviços para consumir dentro de casa, a nossa necessidade de equipamentos de proteção individual, entre outros.

Segundo, há setores que ganharam nalgumas áreas e perderam noutras, como resultado da pandemia. Neste segmento, gostaria de destacar o setor das tintas (neste caso, ganharam com o aumento dos trabalhos de bricolage, mobílias, entre outros, para a casa, começaram a vender mais no retalho, vendendo quantidades mais pequenas, mas com maiores margens; contudo perderam noutros segmentos de negócio), dando os parabéns à família Serrenho e à sua CIN, que se tornou recentemente uma das quarenta maiores empresas do mundo do setor das tintas, após a aquisição de uma participação maioritária na italiana Boero.

Terceiro, temos outros setores que perderam muito. O turismo é um exemplo muito referido, salientando eu o setor hoteleiro. Neste caso, quero destacar e dar os parabéns à família Rebelo de Almeida e ao seu Grupo Vila Galé por terem continuado a investir, com a abertura de novos hotéis em Portugal, assim como no Brasil, país onde o setor foi menos afetado.

Destaco estas duas empresas por terem a coragem de continuar a investir, mas também pelas mensagens que nos devem fazer refletir sobre a imagem de Portugal, ambos em entrevista ao Eco: Jorge Rebelo de Almeida refere que é “imprescindível limpar a má imagem de Portugal e voltar a transmitir a confiança dos turistas que somos um país seguro e confiável”, que Portugal deve fazer rápido e bem, para não desperdiçarmos a nossa capacidade turística de excelência. Outra questão mais difícil de resolver é a que João Serrenho elencou quando disse que o “Made in Italy, para certos negócios e produtos, vale dinheiro”, referindo-se, não ao que pareceria óbvio (por exemplo, à moda, ao luxo), mas a tintas. Valorizar o Made in Portugal em mais áreas é que não parece fácil, nem mesmo no setor das tintas … 



 

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