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Exportar ovos para a Mongólia?!?

O Grupo Valouro está a exportar cerca de um milhão e meio de ovos para incubação em camiões por semana para a Mongólia, devendo passar para mais de dois milhões no curto prazo. Também tem experiência de exportação para outros países da zona como a Rússia e o Cazaquistão.

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O Grupo Valouro é o maior grupo económico do setor agroalimentar em Portugal. Em 2019, apresentou um volume de negócios de 409,9 milhões de euros, empregando perto dos 3 milhares de colaboradores.

 

É uma empresa que certamente orgulha Portugal. Existe há quase século e meio e sempre com uma gestão familiar, o que é um caso raro.

 

Em termos de curiosidades, tem dois administradores gémeos - José António e António José dos Santos - e o nome do grupo, que algumas pessoas julgam que significa "vale ouro", na realidade, é apenas o nome onde foi instalada a primeira fábrica de rações.

 

Admito que fiquei algo surpreendido quando li no Jornal Económico que o Grupo Valouro estava a exportar cerca de um milhão e meio de ovos para incubação em camiões por semana para a Mongólia, devendo passar para mais de dois milhões no curto prazo. Também tem experiência de exportação para outros países da zona como a Rússia e o Cazaquistão. 

 

Como é que o Grupo Valouro chegou a este ponto? Em poucas palavras, que podemos dizer?

 

Primeiro, têm muita dedicação ao grupo e têm visão.

 

Segundo, são uma empresa familiar não cotada em bolsa, pelo que têm uma perspetiva de muito longo prazo e sem preocupações com as cotações das suas ações, permitindo uma gestão mais estável e sustentando a sua visão de longo prazo.

 

Terceiro, apostam na qualidade e inovação, adquirindo equipamentos com a mais alta tecnologia, sendo alguns considerados de topo na Europa.

 

Quarto, esta aposta na qualidade também lhes permite ter diversas certificações de qualidade na sua área de negócio, sendo as certificações muito relevantes, especialmente para um país que infelizmente não é percecionado por muitos como tendo uma produção de qualidade a nível internacional (embora a imagem esteja a mudar).

 

Quinto, seguem uma abordagem de sustentabilidade e economia circular há décadas (embora não se falasse nestes termos nessa altura), aproveitando bem os subprodutos que geram da sua atividade.

 

Finalmente, e segundo as palavras de um seu administrador, desenvolvem a empresa para o mundo, à escala mundial. Este último ponto reflete a ambição que, pessoalmente, eu gostaria que ainda mais portugueses tivessem…

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