1.  Depósitos bancários continuam longe de garantidos

É ainda cedo para termos uma perspetiva concreta do que acontecerá aos depósitos bancários. Os ministros das finanças da União Europeia não chegaram a acordo sobre o papel que terão os depositantes nos resgates bancários, que parecem cada vez mais certos. Nem sequer sobre o grau de proteção que lhes deverá ser garantido.

Se é que a palavra "garantia" ainda pode ser usada, depois de Chipre. E nem os depósitos inferiores a 100.000 euros estão nesta altura garantidos. Na verdade, registou-se apenas um consenso «quase total» sobre a necessidade de garantir inequivocamente aos aforradores a integridade dos seus depósitos inferiores a 100.000 euros.

Há quem defenda que todos sofrem, logo todos devem pagar. No balanço das notícias sobre o Ecofin, uma certeza: o consenso está mais distante do que as declarações otimistas de alguns ministros, entre os quais o português Vítor Gaspar, fazem crer.

2. AMAZON

A Amazon foi esta semana penalizada por uma greve dos funcionários dos centros de distribuição na Alemanha. Mas as notícias mais excitantes dizem respeito ao lançamento de moeda própria — virtual como não podia deixar de ser: desde ontem a "Amazon Coins" permitem pagar jogos e aplicações. Os proprietários de Kindles estão a receber 500 Coins (5 dólares) na campanha de lançamento. Para já, só estão disponíveis nos Estados Unidos.

3. PESCANOVA

A braços com o concurso de credores, alvo de investigações da CNVM espanhola que vão revelando um passado contabilístico cada vez mais irregular, a Pescanova conseguiu ontem um balão de oxigénio: novo financiamento de 55 milhões de euros. A banca portuguesa (que tem uma exposição de pelo menos 300 milhões) não foi no empréstimo. Aliás, credores estrangeiros, só o Deutsche Bank aceitou a negociação da Deloitte, que está a gerir o processo.

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