Opinião
A esquina do Rio
Como há-de alguém perceber a Europa? Como há-de alguém perceber que, no mesmo dia em que um padre é degolado pelo ISIS no norte de França, em Bruxelas a preocupação central seja debater e decidir sobre penalizações a aplicar a Portugal e Espanha?
Back to basics
O grande problema da vida dos políticos é que correm sempre o risco de ter o trabalho interrompido pelo resultado de eleições.
Will Rogers
Desfoque
Como há-de alguém perceber a Europa? Como há-de alguém perceber que, no mesmo dia em que um padre é degolado pelo ISIS no norte de França, em Bruxelas a preocupação central seja debater e decidir sobre penalizações a aplicar a Portugal e Espanha? O resultado da discussão, após semanas de intrigas, ameaças e burburinho, com todo o mérito dos envolvidos, foi que a multa é zero - vamos a ver se a coisa fica por aqui ou se ainda há mais trapalhadas. Mas a questão fundamental é esta: a Europa ficou refém da morte anunciada pelo ISIS, de atentados que se repetem, de sobressaltos no dia- a-dia dos cidadãos. O problema principal da Europa é político, tem que ver com decisões que vão além do défice, tem que ver com a sua relação com os seus cidadãos. A Comissão Europeia continua a achar que a sua missão é vigiar o Pacto de Estabilidade, apesar de, literalmente, todos os dias lhe rebentar uma bomba nas mãos, que mata inocentes e agrava a insegurança. Qualquer dia, o Pacto de Estabilidade pode estar a ser cumprido a 100%, mas entretanto o terror dominou a Europa. Sobre o que se passa na Turquia, nota-se que significativamente não surge nem uma palavra.
A Europa é uma entidade muito mal gerida do ponto de vista político e, do ponto de vista económico, os maus resultados estão à vista na falta de crescimento, na ruína do sistema financeiro, no próprio Euro. Com um desgoverno assim, não admira que haja quem dele queira sair. Sobre isto, sobre a política na Europa, não há reflexão séria transnacional, apenas se vêem fundamentalistas de opereta como Dijsselbloem a falarem sobre fantasias, e Junckers de humor variável a ensaiar represálias aos ingleses. O maior problema está na falta de uma atitude clara da Europa perante as ameaças que a atacam todas as semanas. A casa está a arder e há quem pense no que deve ser a sua decoração, mesmo quando as salas já estão em labaredas.
Semanada
• Entre a meia-noite e as 20h00 de segunda-feira passada, registaram-se 215 incêndios, ou seja, um em cada cinco minutos • segundo o Instituto de Conservação da Natureza, um quarto dos incêndios florestais tem origem criminosa • no primeiro semestre do ano, houve mais de 50 assaltos por dia a residências • depois das audiências com o Presidente da República, os partidos do Governo e da oposição disseram não ver sinais de crise política • as ultimas sondagens indicam que PS e Bloco de Esquerda, sozinhos, já conseguiriam maioria parlamentar se houvesse eleições • a CGTP começou a pressionar o Governo; Ascenso Simões, deputado do PS, afirmou que "António Costa tem de convidar o Bloco de Esquerda e o PCP para o Governo" • em média, a eleição de cada um dos 230 deputados da Assembleia da República custou ao partido que o apoiou quase 45 mil euros, um aumento de mais de 20% em relação a 2011 • os portugueses, com idade entre os 50 e os 70 anos, já gastam mais tempo semanalmente à frente do ecrã do computador do que à frente do ecrã da televisão • o valor dos contratos de obras públicas celebrados no primeiro semestre é o mais baixo desde 2011 • um quarto das obras públicas é contratada pelo Estado com um desconto superior a 30% do preço base, o que estimula a concorrência desleal ao indicar preços base mal calculados; todos os meses, são apanhadas 4.680 baixas fraudulentas • há mais de 300 casos de negligência médica à espera de perícia; os portugueses cresceram, em média, 14 cm num século • segundo a Marktest, de 24 de Janeiro a 24 de Julho, Marcelo Rebelo de Sousa interveio na primeira pessoa em 1.616 notícias na RTP, SIC, TVI e CMTV, o que corresponde a uma média de quase nove notícias por dia e 22 minutos de exposição diários.
Folhear
Desde o ano passado, no Verão, a Monocle publica uma edição especial chamada The Escapist. Como o nome indica, o tema é a fuga aos hábitos rotineiros, o conseguir desligar do dia-a-dia de trabalho em tempo de férias. É, de alguma forma, engraçado constatar que enquanto as edições mensais da Monocle estão a perder garra, as duas especiais anuais - este The Escapist e o natalício The Forescast, dedicado a tendências, conservam a criatividade dos primeiros tempos da Monocle. A presente edição da The Escapist tem 258 páginas, onde reportagens, notas de viagem, sugestões e artigos diversos coexistem com "portfolios" fotográficos. Portugal ficou bem na fotografia. Por falar nisso, o "portfolio" principal é dedicado aos marinheiros portugueses que vivem nos nossos submarinos. Ben Ingham fotografou e Trish Lorenz escreveu sobre a marinha portuguesa - uma das mais antigas do mundo, que remonta ao século XII, como ela faz notar. Trish Lorenz vive em Lisboa desde 2014 e tem escrito sobre a cidade em diversas publicações. Aqui debruça-se sobre os nossos marinheiros, a nossa Marinha e o papel de Portugal. O outro destaque que nos coube é sobre os Açores - que são vistos pelo editor principal da Monocle, Andrew Tuck. Rapidamente, percebeu os ilhéus - o mar, que os de fora vêem como um obstáculo, é encarado pelos açorianos como uma porta de saída. Aqui está uma bela peça sobre o Açores, que sugere roteiros, dá recomendações como o Hotel Terra Nostra e o Arquipélago - Centro de Arte contemporânea. Esta edição do The Escapist enumera também uma lista dos melhores restaurantes do mundo e em Lisboa surge o Gambrinus no lugar 37 de uma lista de 50. Numa nota que enumera os cinco melhores sítios para petiscar fora de horas é apontado o Isco da Bica (Rua do Almada 29). A finalizar, vale a pena ler o especial sobre Palermo, um grande cidade, aqui muito bem observada. Saudades da Sicília, é o que é.
Gosto
Desta afirmação de Carolina Patrocínio: "ter sido mandatária do PS é das poucas coisas de que me arrependo na vida".
Não gosto
Da substituição de arbustos por calçada, como está previsto acontecer na Avenida D. João II, na Expo.
Ver
Hoje, as minhas recomendações vão a norte. Começo por uma exposição de fotografia (na imagem), de Maria Leonardo. Chama-se "Mar, Terra e Outros Lugares" e está numa Guest House, a Miss'Opo, na Rua dos Caldeireiros 100, no Porto. A exposição, patente até 27 de Agosto, combina imagens feitas em Lisboa e Berlim e ainda uma ficção criada pelo ambiente da Isola Di Vulcano, na Sicília. Maria Leonardo mostra o que vê, e vê bem o que se passa à sua volta, com um filtro muito pessoal, sensível nas suas imagens, que lhe permite uma abordagem criativa da cor. Se não puderem ver a exposição no Porto, vejam o site da autora, em cargocollective.com/MariaLeonardo. As vendas realizadas na exposição destinam-se a financiar a frequência da prestigiada Akademie der Bildenden Künste, em Munique, no próximo ano. Já que estamos a norte, sugiro que numa destas noites de quinta-feira se dirija ao Museu Nacional Soares dos Reis onde poderá ter uma visita guiada. O programa de verão do Museu, incluído no Porto Art Fest - que vai até 30 de Setembro - está cheio de iniciativas como oficinas de azulejo ou de bijuteria e, para ter informação sobre as numerosas actividades, vale a pena consultar o site www.museusoaresdosreis.pt. Finalmente, em Serralves, e para além dos desenhos do arquivo de Siza Vieira, destaque para a exposição de artistas convidados a pensarem obras em função do espaço - a americana Trisha Donnelly explorou a arquitectura art déco da casa principal e a sua relação com o jardim, e o britânico Liam Gillick imaginou uma mostra, que se estende ao longo de um ano, em quatro momentos, intitulada Campanha.
Arco da velha
No início da semana, o Pokémon Go já tinha gerado mais tweets que o Brexit ou o Euro 2016.
Ouvir
Rolf Lislevand é um norueguês que se dedica a instrumentos clássicos e é um conceituado intérprete criativo de guitarra e alaúde. Participou, com Jordi Savall, com quem tem extensa colaboração, na banda sonora do filme "Tous Les Matins du Monde". O seu foco é a música antiga e o seu mais recente disco, para a ECM, "La Mascarade", vai buscar obras de dois compositores do século XVII, Robert de Visée e Francesco Corbetta. Lislevand improvisa na introdução a alguns temas e, de uma forma geral, toca neste disco como se estivesse num concerto para uma pequena plateia de amantes da música barroca, e da sua forma de tocar guitarra em particular. A produção, exemplar, esteve a cargo de Manfred Eisher, que adoptou a abordagem da "música callada", ou, se preferirem, da música que vive no silêncio - esse conceito tão raro e sem o qual não conseguiríamos entender nenhuma música. CD ECM New Series, na Amazon.
Dixit
Pode e deve haver austeridade. Com sentido de obediência aos interesses nacionais. Não ao de outros interesses nacionais.
José Maltez
Provar
Com este calor o que apetece é um gelado. Mesmo fora do verão gosto de gelado à sobremesa, e então com estas temperaturas nem se fala. Um dia destes resolvi ir almoçar o meu bitoque preferido, que é o do Restaurante Roma, junto à Piscina da avenida com o mesmo nome. Já aqui o disse, a carne é de bom lombo, vem temperada com gosto e cozinhada no ponto, e as batatas fritas às rodelas finas, feitas na hora, são de chorar por mais. Resolvido o bitoque fui à porta ao lado, à Casa do Gelado e encontrei um inesperado gelado de physalis, um saboroso fruto, até aqui raro, e que começa a aparecer com maior frequência . Combinei-o com um gelado de chocolate puro. O resultado foi uma delícia. Ficou por experimentar o gelado de mirtilos e o de ananás dos Açores com gengibre. E também tem cassata… Casa do Gelado 1981 - Avenida de Roma 28, junto à piscina, ao lado do restaurante Roma, das 11 às 24h00.
O grande problema da vida dos políticos é que correm sempre o risco de ter o trabalho interrompido pelo resultado de eleições.
Will Rogers
Desfoque
Como há-de alguém perceber a Europa? Como há-de alguém perceber que, no mesmo dia em que um padre é degolado pelo ISIS no norte de França, em Bruxelas a preocupação central seja debater e decidir sobre penalizações a aplicar a Portugal e Espanha? O resultado da discussão, após semanas de intrigas, ameaças e burburinho, com todo o mérito dos envolvidos, foi que a multa é zero - vamos a ver se a coisa fica por aqui ou se ainda há mais trapalhadas. Mas a questão fundamental é esta: a Europa ficou refém da morte anunciada pelo ISIS, de atentados que se repetem, de sobressaltos no dia- a-dia dos cidadãos. O problema principal da Europa é político, tem que ver com decisões que vão além do défice, tem que ver com a sua relação com os seus cidadãos. A Comissão Europeia continua a achar que a sua missão é vigiar o Pacto de Estabilidade, apesar de, literalmente, todos os dias lhe rebentar uma bomba nas mãos, que mata inocentes e agrava a insegurança. Qualquer dia, o Pacto de Estabilidade pode estar a ser cumprido a 100%, mas entretanto o terror dominou a Europa. Sobre o que se passa na Turquia, nota-se que significativamente não surge nem uma palavra.
A Europa é uma entidade muito mal gerida do ponto de vista político e, do ponto de vista económico, os maus resultados estão à vista na falta de crescimento, na ruína do sistema financeiro, no próprio Euro. Com um desgoverno assim, não admira que haja quem dele queira sair. Sobre isto, sobre a política na Europa, não há reflexão séria transnacional, apenas se vêem fundamentalistas de opereta como Dijsselbloem a falarem sobre fantasias, e Junckers de humor variável a ensaiar represálias aos ingleses. O maior problema está na falta de uma atitude clara da Europa perante as ameaças que a atacam todas as semanas. A casa está a arder e há quem pense no que deve ser a sua decoração, mesmo quando as salas já estão em labaredas.
• Entre a meia-noite e as 20h00 de segunda-feira passada, registaram-se 215 incêndios, ou seja, um em cada cinco minutos • segundo o Instituto de Conservação da Natureza, um quarto dos incêndios florestais tem origem criminosa • no primeiro semestre do ano, houve mais de 50 assaltos por dia a residências • depois das audiências com o Presidente da República, os partidos do Governo e da oposição disseram não ver sinais de crise política • as ultimas sondagens indicam que PS e Bloco de Esquerda, sozinhos, já conseguiriam maioria parlamentar se houvesse eleições • a CGTP começou a pressionar o Governo; Ascenso Simões, deputado do PS, afirmou que "António Costa tem de convidar o Bloco de Esquerda e o PCP para o Governo" • em média, a eleição de cada um dos 230 deputados da Assembleia da República custou ao partido que o apoiou quase 45 mil euros, um aumento de mais de 20% em relação a 2011 • os portugueses, com idade entre os 50 e os 70 anos, já gastam mais tempo semanalmente à frente do ecrã do computador do que à frente do ecrã da televisão • o valor dos contratos de obras públicas celebrados no primeiro semestre é o mais baixo desde 2011 • um quarto das obras públicas é contratada pelo Estado com um desconto superior a 30% do preço base, o que estimula a concorrência desleal ao indicar preços base mal calculados; todos os meses, são apanhadas 4.680 baixas fraudulentas • há mais de 300 casos de negligência médica à espera de perícia; os portugueses cresceram, em média, 14 cm num século • segundo a Marktest, de 24 de Janeiro a 24 de Julho, Marcelo Rebelo de Sousa interveio na primeira pessoa em 1.616 notícias na RTP, SIC, TVI e CMTV, o que corresponde a uma média de quase nove notícias por dia e 22 minutos de exposição diários.
Folhear
Desde o ano passado, no Verão, a Monocle publica uma edição especial chamada The Escapist. Como o nome indica, o tema é a fuga aos hábitos rotineiros, o conseguir desligar do dia-a-dia de trabalho em tempo de férias. É, de alguma forma, engraçado constatar que enquanto as edições mensais da Monocle estão a perder garra, as duas especiais anuais - este The Escapist e o natalício The Forescast, dedicado a tendências, conservam a criatividade dos primeiros tempos da Monocle. A presente edição da The Escapist tem 258 páginas, onde reportagens, notas de viagem, sugestões e artigos diversos coexistem com "portfolios" fotográficos. Portugal ficou bem na fotografia. Por falar nisso, o "portfolio" principal é dedicado aos marinheiros portugueses que vivem nos nossos submarinos. Ben Ingham fotografou e Trish Lorenz escreveu sobre a marinha portuguesa - uma das mais antigas do mundo, que remonta ao século XII, como ela faz notar. Trish Lorenz vive em Lisboa desde 2014 e tem escrito sobre a cidade em diversas publicações. Aqui debruça-se sobre os nossos marinheiros, a nossa Marinha e o papel de Portugal. O outro destaque que nos coube é sobre os Açores - que são vistos pelo editor principal da Monocle, Andrew Tuck. Rapidamente, percebeu os ilhéus - o mar, que os de fora vêem como um obstáculo, é encarado pelos açorianos como uma porta de saída. Aqui está uma bela peça sobre o Açores, que sugere roteiros, dá recomendações como o Hotel Terra Nostra e o Arquipélago - Centro de Arte contemporânea. Esta edição do The Escapist enumera também uma lista dos melhores restaurantes do mundo e em Lisboa surge o Gambrinus no lugar 37 de uma lista de 50. Numa nota que enumera os cinco melhores sítios para petiscar fora de horas é apontado o Isco da Bica (Rua do Almada 29). A finalizar, vale a pena ler o especial sobre Palermo, um grande cidade, aqui muito bem observada. Saudades da Sicília, é o que é.
Gosto
Desta afirmação de Carolina Patrocínio: "ter sido mandatária do PS é das poucas coisas de que me arrependo na vida".
Não gosto
Da substituição de arbustos por calçada, como está previsto acontecer na Avenida D. João II, na Expo.
Ver
Hoje, as minhas recomendações vão a norte. Começo por uma exposição de fotografia (na imagem), de Maria Leonardo. Chama-se "Mar, Terra e Outros Lugares" e está numa Guest House, a Miss'Opo, na Rua dos Caldeireiros 100, no Porto. A exposição, patente até 27 de Agosto, combina imagens feitas em Lisboa e Berlim e ainda uma ficção criada pelo ambiente da Isola Di Vulcano, na Sicília. Maria Leonardo mostra o que vê, e vê bem o que se passa à sua volta, com um filtro muito pessoal, sensível nas suas imagens, que lhe permite uma abordagem criativa da cor. Se não puderem ver a exposição no Porto, vejam o site da autora, em cargocollective.com/MariaLeonardo. As vendas realizadas na exposição destinam-se a financiar a frequência da prestigiada Akademie der Bildenden Künste, em Munique, no próximo ano. Já que estamos a norte, sugiro que numa destas noites de quinta-feira se dirija ao Museu Nacional Soares dos Reis onde poderá ter uma visita guiada. O programa de verão do Museu, incluído no Porto Art Fest - que vai até 30 de Setembro - está cheio de iniciativas como oficinas de azulejo ou de bijuteria e, para ter informação sobre as numerosas actividades, vale a pena consultar o site www.museusoaresdosreis.pt. Finalmente, em Serralves, e para além dos desenhos do arquivo de Siza Vieira, destaque para a exposição de artistas convidados a pensarem obras em função do espaço - a americana Trisha Donnelly explorou a arquitectura art déco da casa principal e a sua relação com o jardim, e o britânico Liam Gillick imaginou uma mostra, que se estende ao longo de um ano, em quatro momentos, intitulada Campanha.
Arco da velha
No início da semana, o Pokémon Go já tinha gerado mais tweets que o Brexit ou o Euro 2016.
Ouvir
Rolf Lislevand é um norueguês que se dedica a instrumentos clássicos e é um conceituado intérprete criativo de guitarra e alaúde. Participou, com Jordi Savall, com quem tem extensa colaboração, na banda sonora do filme "Tous Les Matins du Monde". O seu foco é a música antiga e o seu mais recente disco, para a ECM, "La Mascarade", vai buscar obras de dois compositores do século XVII, Robert de Visée e Francesco Corbetta. Lislevand improvisa na introdução a alguns temas e, de uma forma geral, toca neste disco como se estivesse num concerto para uma pequena plateia de amantes da música barroca, e da sua forma de tocar guitarra em particular. A produção, exemplar, esteve a cargo de Manfred Eisher, que adoptou a abordagem da "música callada", ou, se preferirem, da música que vive no silêncio - esse conceito tão raro e sem o qual não conseguiríamos entender nenhuma música. CD ECM New Series, na Amazon.
Dixit
Pode e deve haver austeridade. Com sentido de obediência aos interesses nacionais. Não ao de outros interesses nacionais.
José Maltez
Provar
Com este calor o que apetece é um gelado. Mesmo fora do verão gosto de gelado à sobremesa, e então com estas temperaturas nem se fala. Um dia destes resolvi ir almoçar o meu bitoque preferido, que é o do Restaurante Roma, junto à Piscina da avenida com o mesmo nome. Já aqui o disse, a carne é de bom lombo, vem temperada com gosto e cozinhada no ponto, e as batatas fritas às rodelas finas, feitas na hora, são de chorar por mais. Resolvido o bitoque fui à porta ao lado, à Casa do Gelado e encontrei um inesperado gelado de physalis, um saboroso fruto, até aqui raro, e que começa a aparecer com maior frequência . Combinei-o com um gelado de chocolate puro. O resultado foi uma delícia. Ficou por experimentar o gelado de mirtilos e o de ananás dos Açores com gengibre. E também tem cassata… Casa do Gelado 1981 - Avenida de Roma 28, junto à piscina, ao lado do restaurante Roma, das 11 às 24h00.
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