Opinião
A tragédia em papel de cenário
Um pai que diariamente regressa às ruínas do prédio onde vivia, na esperança de que encontrem o corpo do filho de 2 anos morto, é tão avassalador que dispensa mais considerações. Obrigar a que explique o que sente é um insulto, ao próprio e a todos nós. Mil vezes que o telejornal acabe mais cedo.
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Nunca me sentei tão pontualmente frente aos telejornais da noite como desde que a guerra na Ucrânia começou, nem mesmo nos primeiros tempos da pandemia. E todos os dias penso que não invejo quem tem de coordenar a informação num momento como este.
Dito isto, tenho algumas certezas. Aqui vão:
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