Opinião
Não controlamos o futuro, mas podemos prepará-lo
Todos os momentos envolvendo a vontade de oferta de presentes podem ser transformados em episódios valiosos para a veiculação de uma mensagem de aforro e consciencialização de que o dinheiro não deve ser sempre gasto no presente, devendo ser poupado.
O futuro financeiro de jovens e adultos desenha-se no presente, na decisão tomada hoje de poupar para projetos e dias futuros. Começa nos pais e nos avós, promotores incontornáveis da educação, por exemplo, e termina na lição mais importante: a poupança deve ser realizada por vontade própria.
Entre o início e o fim deste caminho de poupança, educação financeira e preparação de respostas aos imprevistos da vida, descobrimos múltiplas estratégias de ensino e aprendizagem e um sem-número de ocasiões para as pôr em prática.
Se tudo principia no contacto com moedas e notas, na experiência de gerir a mesada, na consciência do valor de um jogo ou de um brinquedo e de que são necessários tempo e esforço para reunir o montante indispensável à aquisição do bem desejado, a verdade é que as oportunidades para concretizar esta outra forma de viver a vida são imensas.
Do nascimento ao aniversário, da Páscoa ao Natal, todos os momentos envolvendo a vontade de oferta de presentes podem ser transformados em episódios valiosos para a veiculação de uma mensagem de aforro e consciencialização de que o dinheiro não deve ser sempre gasto no presente, devendo ser poupado.
Na Associação Mutualista Montepio, desde 1840 que as soluções de poupança e de proteção configuram narrativas do dia a dia e práticas seguidas por crianças e adultos, numa escala que, hoje, ascende a 600 mil portugueses.
Efetivamente, se é verdade que as necessidades sentidas pelos fundadores da maior associação mutualista portuguesa não se afastam, de modo significativo, das ambições e necessidades das famílias atuais, não é menos verdade que é comum identificarmos nesta mutualidade um associativismo suportado no agregado familiar, no círculo de amigos e relações. A história da instituição conta-se, aliás, a partir da intergeracionalidade, com muitos avós, pais, filhos e netos a viverem a experiência associativa em virtude de um "contágio de bons valores" e de uma herança de educação financeira.
Por sabermos que a liberdade de escolher e, na medida do possível, determinar o futuro são riquezas da maior relevância, encontramos na Associação Mutualista Montepio um terreno fértil à adoção de soluções de poupança de pequenos montantes, que abrem caminho à criação de quadros de conforto, a decisões mais livres de condicionalismos financeiros e ao reforço dos níveis de segurança pessoais e familiares.
As vias para esta educação financeira são múltiplas. Tome-se como exemplo o Natal. Na sempre difícil tarefa de escolher presentes estará, por certo, mais um brinquedo, mais um artigo de vestuário, mais uma peça decorativa… Porque não oferecer poupança? Porque não transformar o presente em futuro e oferecer a abertura de uma poupança ou um pequeno reforço a uma poupança já existente? Porque não oferecer cidadania e ativismo, a partir da aproximação de um familiar ou amigo à economia social, a uma solução de previdência complementar e a tantos projetos solidários com impacto no país?
É certo que a maravilha da vida é a sua imprevisibilidade e que não controlamos o futuro, mas podemos sempre, no Natal ou em qualquer outra quadra festiva, fazer diferente, construindo e reconstruindo a vida, a sociedade e as suas soluções, de olhos sempre postos no presente… mas também no futuro.
Novos corpos sociais da União das Misericórdias Portuguesas
No passado dia 7 de dezembro, realizou-se, em Fátima, a assembleia eleitoral da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) que elegeu os novos corpos sociais, para o quadriénio 2020/2023.
Manuel de Lemos foi reconduzido na presidência do Secretariado Nacional, tendo a sua recandidatura surgido na sequência de um manifesto assinado por todos os secretariados regionais da UMP.
Entre as prioridades do novo mandato destacam-se a sustentabilidade, a transparência e o rigor na gestão, o reforço da cooperação com entidades públicas, privadas e universidades e o desenvolvimento de um novo modelo de apoio domiciliário.
A economia social e as mudanças climáticas
A Plataforma do Terceiro Setor de Espanha, que integra mais de 30 mil entidades, tomou posição pública contra as mudanças climáticas, um fenómeno que, na sua opinião, "aumenta as fraturas sociais e a desigualdade e produz mais pobreza, já que são os grupos mais vulneráveis os que se situam na primeira linha do impacto das consequências que resultam do agravamento das condições ambientais e da degradação ecológica".
As entidades do Terceiro Setor de Ação Social espanholas consideram a luta contra as mudanças climáticas como a "nova fronteira de combate" pelos direitos das pessoas mais vulneráveis.
Diretora de Comunicação e Marketing da Associação Mutualista Montepio