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Opinião
03 de Setembro de 2013 às 00:01

Gestão das universidades públicas – alma e consciência

No passado dia 22, o "opinion maker" Camilo Lourenço interpelou os reitores das universidades públicas portuguesas, com a condescendência de uma pena leve e pouco fundamentada, pedindo-lhes, em nome das santas alminhas (dos próprios), que gerissem as instituições universitárias!

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Os fundamentos utilizados, um pouco gastos, recorrem ao velho argumento da necessidade dos reitores deverem ser gestores e não funcionários públicos, como é o caso, e também à questão de não haver volta a dar ao problema, porque não existe dinheiro.

Este tipo de argumentos revela um completo desconhecimento da realidade atual das universidades públicas e do aumento da sua competitividade internacional que, vinda do Jornal de Negócios, periódico rigoroso na fundamentação das mensagens que publica é, no mínimo, surpreendente!

Será que o "opinion maker" Camilo Lourenço nunca se deu ao trabalho de ir ao site do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e analisar o relatório de atividades dos últimos anos? Se fizer esse esforço poderá verificar como as universidades, geridas por académicos, a custo zero, têm feito sempre cada vez mais com cada vez menos financiamento do Estado, sem aumentar a dívida nacional e sem prémios!

Claro que é mais fácil invocar as almas, mas talvez seja melhor meter a mão na consciência e ter a coragem de comentar o que os tais gestores profissionais, públicos e privados, têm feito por Portugal. Valeu?

Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP)

(Este artigo de opinião foi escrito em conformidade com o novo Acordo Ortográfico)

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