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FinTech: uma realidade cada vez mais portuguesa

Num momento em que cada vez mais realizamos negócios à escala global, procurando alternativas mais competitivas àquelas que os mercados da Zona Euro apresentam, torna-se imperativo encontrarmos também soluções que nos facilitem estas mesmas operações.

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É aqui que entra em jogo o conceito de FinTech, acrónimo utilizado para designar as empresas da chamada tecnologia financeira, que já está a revolucionar a forma como fazemos transações financeiras online.

No resto da Europa, o setor das FinTech representa já o paradigma atual do setor financeiro, em que a atividade tradicional de fornecer dinheiro às empresas, famílias e indivíduos aparece de mãos dadas com o mundo das novas tecnologias e as suas promessas de automação e eficiência.

São vários os exemplos em todo o mundo de empresas que prestam serviços financeiros fazendo do uso da alta tecnologia o seu fator diferenciador. A empresa de pagamentos PayPal será talvez a maior representante do setor FinTech a nível global, mas empresas como a BillGuard, que alerta os seus utilizadores para as comissões por vezes "disfarçadas" que os bancos cobram aos clientes, ou a OnDeck, que veio revolucionar a forma como se concedem empréstimos, são apenas outros dois casos de entre centenas de empresas que hoje revolucionam a forma como se prestam serviços financeiros.

A maioria destas empresas está focada no segmento dos pagamentos e das transações, mas já podemos encontrá-las em segmentos como a gestão de câmbios (caso da Ebury). E mesmo considerando-se um setor recente na economia portuguesa, trata-se já de um grupo de empresas que, de acordo com o portal de estatísticas "statista.com", deverá movimentar 6,3 milhões de euros em transações em 2016. Este montante prova que as empresas FinTech já não são uma novidade portuguesa, bem pelo contrário, são cada vez mais preponderantes.

Mas afinal o que trazem elas de novo? Quais as vantagens de trabalhar com as FinTech? De acordo com um inquérito feito junto de empresas espanholas que já trabalham com FinTech, as principais vantagens que eles identificaram foram a poupança, não só económica mas de tempo também, a maior eficiência de processos e sua gestão, uma maior proximidade e rapidez na resolução dos seus problemas e a vantagem competitiva que ganharam junto da sua concorrência.

Está à vista de todos que as novas tecnologias permitiram, neste e noutros campos, acelerar processos e reduzir custos, aumentando a eficiência dos processos negociais. O setor financeiro é, por natureza, um setor mais conservador quando falamos da utilização de novas tecnologias, mas o caminho que as FinTech estão a trilhar é já um caminho sem retorno.´

 

Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

 

Diretor-geral da Ebury para Portugal e Espanha

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