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A morte do e-commerce (parte 2)

Para os futuristas que só gostam de últimas tendências… o e-mail continua a ser das melhores formas de gerar vendas. As empresas estão a analisar cada vez mais os indicadores de e-mails e melhores práticas.

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No último artigo falámos da omnicanalidade, "big data" e mobile e agora continuamos com as outras tendências.


Social commerce – "Pinterest is King", já nos vamos habituando ao aparecimento de uma nova rede social em cada ano, que vai mudar o mundo. A deste ano é o ‘Pinterest’. Para os que não a conhecem, apresenta-se, de forma resumida como é um velho quadro de cortiça onde colocamos fotos que nos interessam, fixas com pionaises (daí o nome), e claro, com todas as funcionalidades de uma rede social. Muitas empresas estão a utilizar o "pinterest" para entender tendências e gostos dos consumidores assim como para apresentar novos produtos. Os resultados de conversão a venda são muito superiores aos do "Facebook" e "Twitter". Ainda assim, sinto falta de iniciativas mais inovadoras nesta área e do desenvolvimento de uma venda C2C (consumidor a consumidor) mais forte.

Vídeo - conteúdo tem sido uma das dores de cabeça da maioria dos "sites". Como conseguir bons textos e boas fotos que aumentem as vendas. Agora a dificuldade cresceu novamente, o "vídeo" sobre os produtos e as suas utilizações tem mostrado excelentes resultados (até 60% mais de conversão) e muitos sites já o estão a implementar. Pode ser um bom momento para começar a fazer vídeos dos seus produtos principais. E desiluda-se se pensa que é só uma questão de mostrá-los. A STIHL (empresa de ferramentas) desenvolve "vídeos" onde se mostram aplicações práticas das ferramentas, como por exemplo construir uma mesa de "poker" com cerveja de pressão.

Segurança - segurança "on-line" é uma das maiores preocupações da indústria. Novos standards e políticas estão a ser implementadas, existindo grandes esforços para matar as "passwords" como único elemento de segurança. Os próximos anos vão trazer inteligência artificial que identifica comportamentos (o "Facebook" por exemplo já pede confirmações quando se faz "login" de uma região geográfica ou de um computador diferente do habitual), dupla autenticação e outras ferramentas para proteger os utilizadores.

Logística e entrega no mesmo dia - as principais empresas (ebay, Amazon, Walmart, etc.) já estão a preparar toda a área logística. Automatização quase total dos armazéns (os robôs Kiva usados pela Amazon são um exemplo), entregas com mensageiros em bicicletas ou cacifos espalhados pelas cidades e em lojas de conveniência estão já a ser implementadas. A grande vantagem das lojas físicas, que era a disponibilidade do produto de forma imediata, começa agora a desaparecer. No entanto, um facto curioso foi mencionado, em certos negócios a compra virtual é muito influenciada pela visita à loja física. É o caso do mercado dos livros. A Amazon levou muitas livrarias à falência, mas agora reparou que muitas pessoas escolhem os livros na loja e compram "on-line" (eu por exemplo). Estão agora a ver como podem juntar as duas experiências (omnicanalidade mais uma vez).

Para os futuristas que só gostam de últimas tendências… o e-mail continua a ser das melhores formas de gerar vendas. As empresas estão a analisar cada vez mais os indicadores de e-mails e melhores práticas e os testes A/B continuam a ser usados de forma obsessiva. Curiosamente esta ferramenta já antiga continua a ser mal utilizada pela maioria das empresas.

Estas foram as principais tendências de um sector que se mostra cada vez mais profissional, justifica maiores investimentos e está cada vez mais integrado com o retalho tradicional.

Consultor de e-business e docente da cadeira de e-commerce e marketing digital na FEUNL

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