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Alexandre Real 11 de Fevereiro de 2019 às 19:58

Promover o erro e colocar os erros no CV

As empresas que têm pouca tolerância ao erro são menos criativas, pois os seus colaboradores têm medo de errar e assim são mais avessos ao risco da criatividade.

Os paradoxos na vida são sem dúvida uma enorme fonte de inspiração.

Durante vários anos educámos e treinámos pessoas para errar o menos possível, aliás a nossa cultura ainda hoje é de quanto menos errarmos melhor.

 

Quando ouvimos falar de alguém que não singrou ao tentar criar uma empresa ou um negócio, infelizmente ouvimos a pessoa ser apelidada de falhada. 

 

Esta forma de olhar o erro está hoje profundamente desatualizada, até sugeria que todos nós colocássemos nos nossos Curriculum Vitae uma alínea designada de "Erros na vida" e consequentes aprendizagens. O erro quando analisado de forma estruturada é uma enorme fonte de crescimento e neste sentido hoje deveríamos educar e treinar não para não errar, mas sim para como aprender e crescer com os erros cometidos.

 

Experienciar vários erros certamente enriquece uma vida e uma carreira, aliás o jamais errar pressupõe uma vida muito cautelosa, pouco pró-ativa e cheia de receios, o que transforma a vida numa monotonia.

 

Outra questão provada é por exemplo, as empresas que têm pouca tolerância ao erro são menos criativas, pois os seus colaboradores têm medo de errar e assim são mais avessos ao risco da criatividade.

 

Quem aprende com os erros dificilmente volta a cair no mesmo erro, é como se recebêssemos uma "vacina do erro", talvez por isso hoje as empresas de vanguarda recrutam pessoas que no seu percurso colecionaram vários erros.

 

Quem erra fica mais apto para as dificuldades da vida, neste sentido será positivo que as nossas crianças e jovens tenham contacto com o erro, para que possam usufruir da sua aprendizagem.

 

Empresário

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