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Nuno Vieira, da Triciclo, agência de gestão de redes sociais, assinala que há mudanças no universo do marketing digital. Tem-se considerado que o marketing digital é barato e eficaz: "faz-se um vídeo e cem mil pessoas vêem o vídeo, mas isso é como acertar no euromilhões". Considera que "cada mais vez é preciso investimento no Facebook e no Twitter porque estes estão a começar a exigir" mais dinheiro. "Não é preciso pagar para estar no Facebook mas com investimento zero já não é possível ter os resultados que se tinham há dois anos" acentua. O Twitter tem uma campanha para PME em que disponibiliza uma "app" para ajudar as empresas com o planeamento, com o modo de chegar às pessoas e como é que se desenvolve uma campanha de ads (anúncios). É como se dissessem, "queremos que gastem o dinheiro, mas damos a mão para ajudar a rentabilizar o investimento" refere Ricardo Simões, da Triciclo.
Para as seguradoras, como assinala João Gama, tem outras vantagens pois "o digital abre uma maior possibilidade de optimizar os investimentos e também de monitorizar melhor o retorno das campanhas". Por sua vez para Conceição Tomás, "o marketing digital tem vindo a assumir cada vez mais importância para as organizações e como tal, o seu peso nos investimentos de comunicação tem se tornado também cada vez maior". A Liberty tem uma estratégia que assenta sobretudo nos patrocínios, essencialmente desportivos, está focada no canal tradicional de distribuição de seguros, os agentes profissionais de seguros, e por isso "o peso do marketing digital não é muito grande".
"Não é preciso pagar para estar no Facebook, mas com investimento zero já não é possível ter os resultados que se tinham há dois anos."
Nuno Vieira, Agência de gestão de redes sociais Triciclo
Para João Gama há várias possibilidades na forma como se utiliza as redes sociais e a imersão no digital: "pode-se pretender ter uma presença mais institucional e de criação de marca, ter um meio de comunicação e serviço a clientes ou mesmo para comunicação interna ou uma forma de captação de negócio". Mas em qualquer das opções só é possível criar valor para o negócio se existir capacidade de monitorizar e medir o retorno das campanhas e a possibilidade de utilizar os dados de comportamento do consumidor e incorporá-los no próprio processo de negócio e gestão de cliente. E conclui o gestor da Mapfre: "o verdadeiro desafio está em implementar um bom Social CRM, que adicione os dados tradicionais de um CRM obtidos através das redes sociais".