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"Entre os ramos mais desafiados, neste contexto de excecionalidade, e dado o tipo de riscos que cobrem, adquirem especial relevância os seguros de acidentes de trabalho, pessoais, viagem, vida e saúde", diz Jesus Nuñez, diretor executivo de vendas e distribuição da Liberty na Europa. Os seguros de acidentes de trabalho e de viagens tiveram quedas acentuadas, enquanto saúde e vida se tornaram uma espécie de kit de sobrevivência no meio da pandemia, que já levou à renegociação de 3,2 milhões de contratos até agosto de 2020.
"Nunca se falou tanto da palavra ‘risco’ como hoje, e isso tem sido fundamental para as pessoas compreenderem a essência de um seguro de vida e também o de saúde e a importância do apoio financeiro em caso de sinistro", refere Paulo Silva, diretor de desenvolvimento comercial da Prévoir. O efeito pandémico tem-se refletido nos seguros de saúde que fazem parte do portefólio de três milhões de portugueses. Mas, como sublinha Paulo Silva, "temos vindo a informar os clientes de que as pandemias estão cobertas nos seguros de vida, no caso da Prévoir".
José Galamba de Oliveira, presidente da APS, prevê uma mudança estrutural em todos os setores da economia e no modo de vida das pessoas, que terá impacto em todos os ramos de seguros. No automóvel há o crescimento de novas formas de mobilidade. Os acidentes de trabalho são desafiados por questões como o teletrabalho, o pluriemprego, os empregos no estrangeiro. Nos seguros das empresas, seguros de responsabilidades ou seguros ditos patrimoniais, o seguro de crédito, têm de se abrir a novas coberturas como, por exemplo, ciberriscos, perdas de exploração, ou os que potenciem as exportações. "Tudo tem de ser ajustado ao novo normal que resultar da forma como a sociedade se vai ajustar na pós-pandemia", conclui José Galamba de Oliveira.
Paulo Silva concorda que os desafios estão em várias frentes e são transversais a todos os ramos. "Cabe aos seguradores conjugar as novas tecnologias com a proteção dos bens e das famílias. A personalização do seguro, a rapidez nas interfaces, a simplicidade de subscrição dos produtos, serão áreas em que terá de haver também uma maior concentração de esforços", elenca.
"Se a indústria não for relevante, comoditiza-se. E uma indústria comoditizada tem mais dificuldade em atrair capital remunerando-o convenientemente, mais dificuldade em captar e reter talento, logo mais dificuldade em investir em tecnologia e em inovação. Este desafio é transversal a todos os ramos, vida e não vida", enuncia Ângelo Vilela, country head of Digital do Grupo Ageas Portugal.
O papel do digital
"Houve uma adaptação do setor segurador perante esta situação e o digital assumiu um papel ainda mais relevante nesse ajuste para que, mesmo fechados em casa, pudéssemos continuar com a nossa vida, o nosso trabalho e o serviço aos clientes", disse Jesus Nuñez. Acrescentou que "a mudança de contexto provocou alterações na nossa relação com os clientes, mas sem dúvida veio torná-la melhor. Hoje estamos ainda mais próximos dos clientes, procurando prestar-lhes todo o apoio necessário neste contexto de incerteza em que vivemos".
Por sua vez, Paulo Silva assinalou que "todos os projetos a nível do digital da seguradora têm sido alvos de um maior investimento financeiro de forma a responder ao atual contexto e aos novos públicos. Ter os nossos sistemas de back office otimizados e integrados com os diferentes canais, é o nosso objetivo para estar na linha da frente ao nível do digital".
Neste relacionamento entre os clientes e as seguradoras, muito mais digital, José Galamba de Oliveira faz uma referência especial aos mediadores de seguros, que souberam fazer esta transição para o digital. "Foram muito importantes nesta intermediação entre o cliente e a seguradora", afirmou.
"Nunca se falou tanto da palavra ‘risco’ como hoje, e isso tem sido fundamental para as pessoas compreenderem a essência de um seguro de vida e também o de saúde e a importância do apoio financeiro em caso de sinistro", refere Paulo Silva, diretor de desenvolvimento comercial da Prévoir. O efeito pandémico tem-se refletido nos seguros de saúde que fazem parte do portefólio de três milhões de portugueses. Mas, como sublinha Paulo Silva, "temos vindo a informar os clientes de que as pandemias estão cobertas nos seguros de vida, no caso da Prévoir".
José Galamba de Oliveira, presidente da APS, prevê uma mudança estrutural em todos os setores da economia e no modo de vida das pessoas, que terá impacto em todos os ramos de seguros. No automóvel há o crescimento de novas formas de mobilidade. Os acidentes de trabalho são desafiados por questões como o teletrabalho, o pluriemprego, os empregos no estrangeiro. Nos seguros das empresas, seguros de responsabilidades ou seguros ditos patrimoniais, o seguro de crédito, têm de se abrir a novas coberturas como, por exemplo, ciberriscos, perdas de exploração, ou os que potenciem as exportações. "Tudo tem de ser ajustado ao novo normal que resultar da forma como a sociedade se vai ajustar na pós-pandemia", conclui José Galamba de Oliveira.
Paulo Silva concorda que os desafios estão em várias frentes e são transversais a todos os ramos. "Cabe aos seguradores conjugar as novas tecnologias com a proteção dos bens e das famílias. A personalização do seguro, a rapidez nas interfaces, a simplicidade de subscrição dos produtos, serão áreas em que terá de haver também uma maior concentração de esforços", elenca.
"Se a indústria não for relevante, comoditiza-se. E uma indústria comoditizada tem mais dificuldade em atrair capital remunerando-o convenientemente, mais dificuldade em captar e reter talento, logo mais dificuldade em investir em tecnologia e em inovação. Este desafio é transversal a todos os ramos, vida e não vida", enuncia Ângelo Vilela, country head of Digital do Grupo Ageas Portugal.
O papel do digital
"Houve uma adaptação do setor segurador perante esta situação e o digital assumiu um papel ainda mais relevante nesse ajuste para que, mesmo fechados em casa, pudéssemos continuar com a nossa vida, o nosso trabalho e o serviço aos clientes", disse Jesus Nuñez. Acrescentou que "a mudança de contexto provocou alterações na nossa relação com os clientes, mas sem dúvida veio torná-la melhor. Hoje estamos ainda mais próximos dos clientes, procurando prestar-lhes todo o apoio necessário neste contexto de incerteza em que vivemos".
Por sua vez, Paulo Silva assinalou que "todos os projetos a nível do digital da seguradora têm sido alvos de um maior investimento financeiro de forma a responder ao atual contexto e aos novos públicos. Ter os nossos sistemas de back office otimizados e integrados com os diferentes canais, é o nosso objetivo para estar na linha da frente ao nível do digital".
Neste relacionamento entre os clientes e as seguradoras, muito mais digital, José Galamba de Oliveira faz uma referência especial aos mediadores de seguros, que souberam fazer esta transição para o digital. "Foram muito importantes nesta intermediação entre o cliente e a seguradora", afirmou.
Os seguros em Portugal A conferência "Os Seguros em Tempo de Emergência" realiza-se a 3 de novembro de 2020 e é uma iniciativa do Jornal de Negócios com o patrocínio da Liberty Seguros e o apoio do Grupo Ageas Portugal, i2S e Prévoir. Tem início pelas 16 horas e conta com a comunicação "Os Seguros em Tempos de Emergência" de Michaela Koller, diretora-geral do Insurance Europe, e um debate sobre "Estado do Setor e Desafios" com Celeste Hagatong, presidente da COSEC, José Galamba de Oliveira, presidente da APS, e Alexandre Ramos, membro da equipa executiva e technology leader da Liberty Seguros. Segue-se o painel de debate "O Digital é a Chave Hoje?", com Ângelo Vilela, country head of digital do Grupo Ageas Portugal, Luiz Ferraz, mandatário-geral da Prévoir-Vie, e a i2S. Os debates são moderados por André Veríssimo, diretor do Negócios. O encerramento é feito por Maria Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF.
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