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O que muda na gestão das seguradoras

O regime de Solvência II implica que o modelo de gestão e o sistema hierárquico tenha um grande conhecimento de Solvência II no seu quotidiano.

12 de Maio de 2016 às 12:14
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Mas também é "preciso um advogado, um actuário, um computador, um auditor e um consultor para muitas vezes tomar decisões.

É uma extensão e muitas vezes quem tem de tomar 50 ou 60 decisões por dia não pode estar sempre a fazer o cálculo do aumento de capital por causa de um investimento que estamos a fazer" referiu no decurso da conferência Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Já Marta Alarcão Troni, CFO da Liberty, salientou que a qualificação do capital humano das seguradoras é um aspecto importante em Solvência II. Cada vez mais é necessário que os recursos qualificados a nível de actuários, advogados, financeiros, comerciais tenham um conhecimento transversal da empresa.

"Não se pode ter um comercial a vender um produto só porque assim o decidiu sem que se saiba qual é a consequência a nível do capital. Nem se pode decidir a subscrição de um grande risco que posso colocar em determinado momento a solvabilidade da empresa sem o saber e não ter em conta que a empresa está no mercado para honrar os compromissos com os segurados" referiu Marta Alarcão Troni.

É primordial que as pessoas de uma companhia de seguros entendam e compreendam que a solvência de uma companhia não pode ser calculada como uma percentagem de prémios mas como tendo capital suficiente para fazer face aos riscos que podem acontecer.

Mas como diz Pedro Seixas Vale, "o processo de Solvência II é um processo exigente que vai levar a mudanças significativas mas deve ser enquadrada como uma mudança institucional mas a competência e a honestidade dos gestores que determinarão a evolução deste sector".

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