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Um relatório da AON refere que os incêndios em Portugal de Junho e Outubro provocaram 114 mortos e mais de mil milhões de euros de perdas económicas, tendo as indemnizações e provisões das seguradoras orçado os 250 milhões de euros. Estes acontecimentos "vieram expor uma realidade que deve ser olhada com preocupação por parte de todos os agentes do mercado: a total ausência de cobertura de seguro em relação a património com valor económico considerável e, em alguns casos, uma total desadequação entre o capital seguro pelas apólices e o património em causa" diz Nuno Luís Sapateiro, associado senior da PLMJ.
Esta tragédia despertou "a necessidade dos consumidores para subscreverem seguros de incêndio ou multirriscos, para salvaguarda do seu património, pois, é comum ouvir-se após 2017 que "não acontece só aos outros" refere António Carvalho, da Direcção de Design e Gestão de Produto e responsável de Empresas e Negócios Especiais da Liberty Seguros. Na sua opinião pode ser "uma oportunidade para que se possam desenvolver campanhas que alertem os consumidores para a necessidade de contratarem seguros que garantam, em caso de catástrofe, o seu património".
Fenómeno global
As alterações climáticas são um fenómeno global. "Os furacões, sismos e incêndios que afectaram todo o mundo tiveram em 2017 um significado muito maior com perdas económicas record e onde as alterações climáticas assumiram um relevo especial" referiu Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero. A empresa de seguros Swiss Re, estimou uma perda económica total de 306 mil milhões de dólares em 2017, quase o dobro dos 188 mil milhões de dólares de 2016 e também muito superior à média dos últimos dez anos, na ordem os 190 mil milhões/ano.
O deslizamento de terras e as cheias são as que têm tido um maior aumento, seguindo-se as tempestades e, por último, as temperaturas extremas, secas e fogos.
O sector segurador para fazer face a estes riscos, no curto prazo, segundo Nuno Rodrigues, Property & Corporate Product Manager da Generali, terá de "adequar as taxas praticadas ao aumento de custos decorrentes de sinistros catastróficos, quer indemnizações ao cliente final, quer custo com resseguro". A médio e longo prazo, o custo deste tipo de eventos pode tornar insustentável em termos de gestão de risco, e levar a medidas extraordinárias como a redução de âmbito de coberturas.
Estes fenómenos crescentes podem implicar o aumento de preços dos prémios, pois como refere Nuno Rodrigues "os prémios de seguro estão relacionados com a gestão do risco e é fundamental que tal aconteça de forma a garantir a solvência do sector segurador. Ou seja, se existir uma variação no risco esta terá de ser necessariamente reflectida no valor dos prémios". António Carvalho concorda que "o aumento anormal na frequência ou na severidade dos sinistros pode levar a um aumento dos respectivos prémios de seguro".
Mitigação dos danos ambientais
Para Francisco Ferreira as seguradoras deverão ir além da protecção de pessoas e bens em risco devido às alterações climáticas. O presidente da associação ambientalista Zero considera que é do interesse das seguradoras, como responsabilidade social e ambiental, participar na mitigação das alterações climáticas. "Todo o trabalho de sensibilização e alerta das populações e dos governos e de suporte a iniciativas de redução de emissões de gases de efeito de estufa deverá ser uma componente essencial do seu trabalho" conclui.
O grupo Generali prevê o desinvestimento de 2 mil milhões de euros na indústria carbonífera, o investimento de 3,5 mil milhões de euros em novos investimentos verdes até 2020, o aumento da oferta de produtos com valor ambiental e participar na transição para uma sociedade com baixo impacto ambiental.
António Carvalho vê nas alterações climáticas um desafio para seguradoras, afiançando que o desenvolvimento de ferramentas e modelos de software para compreender os riscos catastróficos "são nos dias de hoje uma prioridade na gestão de riscos de uma seguradora". Acrescenta que o resultado destes modelos, permite aumentar "a capacidade de efectuar mais seguros" e traçar uma "estratégia de transferência de risco, para os resseguradores, a fim de os mitigar, proteger a rentabilidade e capitais contra os riscos catastróficos".
Esta tragédia despertou "a necessidade dos consumidores para subscreverem seguros de incêndio ou multirriscos, para salvaguarda do seu património, pois, é comum ouvir-se após 2017 que "não acontece só aos outros" refere António Carvalho, da Direcção de Design e Gestão de Produto e responsável de Empresas e Negócios Especiais da Liberty Seguros. Na sua opinião pode ser "uma oportunidade para que se possam desenvolver campanhas que alertem os consumidores para a necessidade de contratarem seguros que garantam, em caso de catástrofe, o seu património".
Fenómeno global
As alterações climáticas são um fenómeno global. "Os furacões, sismos e incêndios que afectaram todo o mundo tiveram em 2017 um significado muito maior com perdas económicas record e onde as alterações climáticas assumiram um relevo especial" referiu Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero. A empresa de seguros Swiss Re, estimou uma perda económica total de 306 mil milhões de dólares em 2017, quase o dobro dos 188 mil milhões de dólares de 2016 e também muito superior à média dos últimos dez anos, na ordem os 190 mil milhões/ano.
O deslizamento de terras e as cheias são as que têm tido um maior aumento, seguindo-se as tempestades e, por último, as temperaturas extremas, secas e fogos.
O sector segurador para fazer face a estes riscos, no curto prazo, segundo Nuno Rodrigues, Property & Corporate Product Manager da Generali, terá de "adequar as taxas praticadas ao aumento de custos decorrentes de sinistros catastróficos, quer indemnizações ao cliente final, quer custo com resseguro". A médio e longo prazo, o custo deste tipo de eventos pode tornar insustentável em termos de gestão de risco, e levar a medidas extraordinárias como a redução de âmbito de coberturas.
Estes fenómenos crescentes podem implicar o aumento de preços dos prémios, pois como refere Nuno Rodrigues "os prémios de seguro estão relacionados com a gestão do risco e é fundamental que tal aconteça de forma a garantir a solvência do sector segurador. Ou seja, se existir uma variação no risco esta terá de ser necessariamente reflectida no valor dos prémios". António Carvalho concorda que "o aumento anormal na frequência ou na severidade dos sinistros pode levar a um aumento dos respectivos prémios de seguro".
Mitigação dos danos ambientais
Para Francisco Ferreira as seguradoras deverão ir além da protecção de pessoas e bens em risco devido às alterações climáticas. O presidente da associação ambientalista Zero considera que é do interesse das seguradoras, como responsabilidade social e ambiental, participar na mitigação das alterações climáticas. "Todo o trabalho de sensibilização e alerta das populações e dos governos e de suporte a iniciativas de redução de emissões de gases de efeito de estufa deverá ser uma componente essencial do seu trabalho" conclui.
O grupo Generali prevê o desinvestimento de 2 mil milhões de euros na indústria carbonífera, o investimento de 3,5 mil milhões de euros em novos investimentos verdes até 2020, o aumento da oferta de produtos com valor ambiental e participar na transição para uma sociedade com baixo impacto ambiental.
António Carvalho vê nas alterações climáticas um desafio para seguradoras, afiançando que o desenvolvimento de ferramentas e modelos de software para compreender os riscos catastróficos "são nos dias de hoje uma prioridade na gestão de riscos de uma seguradora". Acrescenta que o resultado destes modelos, permite aumentar "a capacidade de efectuar mais seguros" e traçar uma "estratégia de transferência de risco, para os resseguradores, a fim de os mitigar, proteger a rentabilidade e capitais contra os riscos catastróficos".