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A reputação cibernética e o custo de um seguro

O ciber-crime representou, em 2015, 400 mil milhões de euros em todo o mundo.

12 de Maio de 2016 às 11:48
Inês Lourenço
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São valores que têm vindo a crescer, o que faz destas questões ligadas ao ciberespaço mais uma "questão de economia do que de segurança nacional" disse José Carlos Martins, especialista em cibersegurança da Presidência da República.

O ciber-crime tem um impacto em grandes empresas como mostram os casos mediáticos como o da Sony que levou a que "as coberturas sobre o risco levassem a um aumento do prémio e as próprias seguradoras baixassem os limites de cobertura porque um ciber-ataque a empresas grandes tem um grande impacto e perdas bastante elevadas".

Algo novo e disruptivo é "o risco cibernético" referiu Alexandre Scarlet, CFO da Generali. Para este gestor tão importante é perceber como e quando as seguradoras estão dispostas a entrar neste tipo de risco e de como estão preparadas para o suportar, é trabalhar na prevenção destes riscos, mitigando os impactos. Por sua vez Marta Alarcão Troni colocou o acento tónico no risco cibernético como uma oportunidade mas cuja dimensão gera dúvidas sobre como o fazer. "As seguradoras que cubram esses riscos vão entrar numa fase exploratória e como os ramos não têm dimensão vão ser ramos que vão ser negativos. E isso é o normal numa seguradora que entre num ramo novo" assinalou a CFO da Liberty Seguros.
cotacao Um ciber-ataque a empresas grandes têm perdas bastante elevadas. José Carlos Martins Especialista em cibersegurança da Presidência da República
A internet trouxe um oceano de oportunidades mas também algumas tempestades de riscos. Há trabalho a fazer do lado da segurança da informação como sistemas. Como a sensibilização para o reforço da segurança e o investimento os sistemas de informação para mitigar riscos como o fishing, a recolha de informação, os mails maliciosos porque "são riscos reais, são riscos que acontecem" salientou Alexandre Scarlet.

José Carlos Martins sublinhou a aposta na prevenção e deu o exemplo da BitSight que, curiosamente, comprou a portuguesa AnubisNetworks em 2014. Esta empresa norte-americana faz a classificação da reputação das empresas em termos cibernéticos. Tem como cliente a Amazon e faz a avaliação da reputação cibernética de todos os seus fornecedores. É perante a avaliação e grau de risco do potencial cliente ou fornecedor que se faz ou não um negócio. As seguradoras também recorrem a este serviço na venda de apólices contra riscos cibernéticos. Assim "têm um maior conhecimento do risco que envolve um ciber-incidente ou um ciber-ataque e assim podem ajustar os seus produtos ao tipo de risco envolvido, as necessidades e com retorno".

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