"O papel do regulador europeu foi importante, mas não foi um proteccionismo mas a defesa do não abuso de posição dominante" referiu Luís Cervantes, presidente da Aprose, que foi eleito membro do Conselho Diretivo da Confederação Pan-Americana dos Produtores de Seguros (COPAPROSE), que tem sede na cidade do Panamá, e representa 21 associações nacionais de mediadores de seguros, sediadas em cerca de 19 países na América Central e do Sul e Europa (Portugal e Espanha).

Uma das motivações da directiva da distribuição é a protecção do consumidor por oposição ao abuso de posição dominante em duas áreas, uma na área de gestão de poupanças. Os últimos anos fizeram com que o peso da banca na distribuição de produtos financeiros vida como a capitalização e a reforma fosse avassalador. Mas houve algum abuso porque houve "a criação de produtos que eram uma mera extensão dos departamentos financeiros dos bancos fazia com que não fosse competitiva a sua distribuição pela mediação" assinalou o presidente da Aprose. A nova directiva chama a atenção para esse conflito de interesses e vai abrir uma nova oportunidade à mediação para reposicionar a sua actuação em produtos vida.

Há um desafio grande que é o novo paradigma de consumidores e dos seus hábitos e com formas de interacção diferentes. "Os mediadores podem criar soluções e formas cada vez mais inovadores na cadeia de valor até pelo conhecimento que tem do cliente" antevê Luís Cervantes.