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Vieira de Castro: Exportações "adoçam" negócio do Minho

Fundada há 75 anos, a Vieira de Castro faz 81% das vendas nas bolachas e metade da produção segue para mercados externos, como Brasil, Reino Unido, Angola, França, China, Japão e Finlândia.

18 de Dezembro de 2018 às 17:15
A Vieira de Castro foi outra das empresas agro-alimentares distinguidas neste prémio. Nuno Fonseca
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Vieira de Castro - Menção honrosa sector estratégico - Indústria Agro-Alimentar

"Sendo a capacidade financeira a condição base para qualquer processo de internacionalização, podemos dizer que o sucesso exige tempo, capacidade de adaptação e conhecimento dos mercados". Raquel Vieira de Castro não guarda "segredo" sobre as razões para o triunfo fora de portas da empresa da família, que vai já na terceira geração. E sabe também que "a mudança acelerada dos canais de distribuição e dos hábitos de consumo representam grandes desafios à organização em si e ao desenvolvimento do portefólio".

Fundada há 75 anos, a Vieira de Castro tem actualmente três gamas de produtos: as bolachas, que valem 81% das receitas e têm várias categorias, como Água e Sal, Digestivas ou Maria; nos chocolates destacam-se as amêndoas e drageias; e a gama de rebuçados de mentol (Mentolis) e frutas (Flocos de Neve).

Em 2018, a facturação deve aumentar de 35 para 38 milhões de euros, "o que se deve à consolidação dos mercados estratégicos e de parcerias estratégicos, como também ao desenvolvimento do portefólio, fortemente marcado pela diferenciação e inovação".

Segundo os dados cedidos pela administração, metade das vendas é proveniente da exportação, com os mercados do Brasil, Reino Unido, Angola, França, China, Japão e Finlândia a equivalerem a cerca de 30% do volume de negócios.

Sobre os planos para a internacionalização, a administradora respondeu que "a aproximação aos mercados, com operações comerciais e logísticas, faz parte da estratégia de desenvolvimento" da empresa de Vila Nova de Famalicão, que já tem uma sucursal no Reino Unido, com respectiva operação logística, para abastecimento diário aos parceiros locais.

Com cerca de 300 trabalhadores, a Vieira de Castro conta com três fábricas no Minho - duas de biscoitaria e uma de confeitaria -, com uma capacidade de produção de 30.000 toneladas. Uma disponibilidade industrial que também cede a outras marcas, além de produzir as insígnias da grande distribuição, apresentadas como "uma componente estratégica" para a empresa.

"Para além de estarmos inseridos num mercado de pequena dimensão, as parcerias que desenvolvemos nesta área, a nível nacional, mas também internacional, permitem-nos uma maior aceleração do negócio como um todo e uma maior dinâmica nos processos de inovação", justifica Raquel Vieira de Castro.

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