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The Navigator Company: A chave da sustentabilidade

Em 2019, a The Navigator Company foi a primeira empresa portuguesa, e uma das primeiras a nível mundial, a assumir o compromisso de tornar os complexos industriais neutros em emissões de carbono e atingir uma redução de 86% das suas emissões de CO2 em 2035.

14 de Outubro de 2021 às 14:30
A The Navigator Company tem origem numa empresa criada em 1941
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A sustentabilidade é um valor-chave para a The Navigator Company e para o desenvolvimento estratégico do negócio. "Em 2020, finalizámos a construção da nossa Agenda Responsável 2030, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que integra o Roteiro de Sustentabilidade 2030 e que engloba, por sua vez, um conjunto de compromissos, objetivos e metas a atingir na década 2020-2030. A definição deste roteiro permite-nos encarar com confiança os importantes desafios que temos pela frente no âmbito ambiental, social e de governance", refere António Redondo, CEO da The Navigator Company.

Entre os principais projetos na área da sustentabilidade, destaca-se o investimento realizado na nova caldeira de biomassa da Figueira da Foz, finalizada em 2020, e que veio substituir a caldeira e a central de ciclo combinado a gás natural, o que irá permitir reduzir em 81% as suas emissões de CO2 fóssil. De referir, também, o investimento de 5 milhões de euros direcionado à fábrica de Aveiro (Cacia), para um novo sistema de recolha e tratamento dos gases odorosos tradicionalmente associados à produção de pasta de papel. A recente entrada no setor do packaging é, também, um dos últimos projetos nos quais a empresa investiu e que tem como objetivo oferecer soluções mais sustentáveis nesta área de negócio. E recentemente a empresa fez uma emissão de dívida de 100 milhões de euros com maturidade a cinco anos para financiar projetos relacionados com a sua meta de sustentabilidade

Inovação em 1957

A The Navigator Company tem origem na Companhia Portuguesa de Celulose que foi criada em 1941 e em 1953 iniciou em Cacia a produção de pasta crua de pinho, um projeto que foi liderado por Manuel Santos Mendonça, bisavô de Filipa, Mafalda e Lua Queiroz Pereira, e Vasco Pessanha. Mas só a partir de 1957 é que a empresa se tornou sólida depois de uma equipa de técnicos ter conseguido produzir pasta de papel a partir de eucalipto pelo processo kraft, o que permitiu a sua transformação num dos maiores produtores mundiais de pasta branca de eucalipto (BEKP) e papéis finos não revestidos (UWF).

Em 1975, foram nacionalizadas a Companhia Portuguesa de Celulose, Socel - Sociedade Industrial de Celulose, Celtejo, CelNorte, Celuloses do Guadiana, que viriam dar origem à Portucel, que se viria a concentrar na produção de pasta e de papel, alienando algumas das empresas. Já no início do século XXI inicia-se essa estratégia que levou à aquisição da Papéis Inapa, em 2000, e da Soporcel em 2001. Quatro anos depois, em 2004, na conclusão do processo de privatização, a holding Semapa, então liderada por Pedro Queiroz Pereira, ficou com a maioria do capital do The Navigator Company.

Em 2009, é inaugurada a segunda fábrica de papel no Complexo Industrial de Setúbal. Com este investimento, o The Navigator Company tornou-se líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos, e um dos maiores a nível mundial. Em 2021, iniciaram-se as exportações da primeira colheita de madeira para exportação das plantações da Portucel Moçambique em Manica, tendo valorizado a floresta em Manica e na Zambézia em cerca de 16,7 milhões de euros. Em Portugal, gere mais de 100 mil hectares de floresta com gestão certificada, em 161 concelhos. Hoje conta com quatro unidades industriais, a capacidade instalada ronda os 1,6 milhões de toneladas de papel, de 1,5 milhões de toneladas de pasta (80% integradas em papel), 130 mil toneladas de tissue e 2,5 TWh/ano de energia elétrica.

A Sodim, que é controlada pelas irmãs Filipa, Mafalda e Lua Queiroz Pereira, herdeiras de Pedro Queiroz Pereira, detém atualmente 81,3% do capital da Semapa, que por sua vez controla 69,35% do capital da Navigator, a cimenteira Secil e a ETSA.

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