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Pestana pisca o olho a Nova Iorque e Madrid

O grupo vai abrir três hotéis em Nova Iorque e dois em Madrid. Há 40 anos Dionisio Pestana tinha como missão salvar um hotel, em 2019 conta atingir a meta dos 100 hotéis. Foi este trabalho que o jurí dos Prémios Exportação e Intenacionalização premiou.

28 de Novembro de 2017 às 12:38
Dionísio Pestana começou a construir o seu império hoteleiro há mais de quatro décadas Alexandre Azevedo / Sábado
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A história do Grupo Pestana começa como os contos tradicionais: 'Era uma vez…' um jovem de 24 anos, que aterrou na ilha da Madeira, sem falar uma única palavra de português. Na mala, trazia a missão de salvar da falência o hotel que o pai tinha inaugurado no Funchal quatro anos antes (1972) - o Pestana Carlton Madeira". Nem mais nem menos.

O jovem Dionísio Pestana tinha acabado de se licenciar em Gestão na África do Sul e - já o admitiu várias vezes - ficou em choque quando chegou a Portugal. Vinha do primeiro mundo, de um país avançado, e por cá, particularmente na Madeira, o tempo ainda estava parado". A revolução tinha acontecido há apenas dois anos, vivia-se o verão quente e a 'distância' de Lisboa para o Funchal ainda era grande demais.

Nestes mais de 40 anos, desde que aterrou no Funchal, construiu um império. Contas feitas, foram mais de 2 novos hotéis por ano. Foi esse trabalho que o júri dos Prémios Exportação e Internacionalização premiou em 2015, atribuindo ao Grupo Pestana o 'Prémio Especial do Júri e sector de referência na economia nacional'.


100
Hotéis
O Grupo Pestana tem como meta abrir o seu centésimo hotel já em 2019. A empresa vai fechar 2017 com presença em 16 países e com 90 hotéis.


O Pestana Hotel Group está a crescer ao ritmo mais rápido da sua história. A empresa vai fechar 2017 com presença em 16 países e com 90 hotéis - depois da inauguração do Pestana Amesterdam Riverside, marcado para o início de Dezembro. E a meta dos 100 hotéis deverá ser atingida já em 2019. Fonte oficial da empresa revela que a nível internacional no terceiro trimestre de 2018 o Pestana conta abrir o seu primeiro hotel em Nova Iorque, com 96 quartos, bem como inaugurar o primeiro hotel em Madrid, num edifício histórico, em plena Plaza Mayor.

Em 2019, será a vez de cortar as fitas do hotel em Newark e o primeiros Pestana CR7 Lifestyle Hotels em Nova Iorque e em Madrid. Há ainda vários outros projectos em desenvolvimento em Portugal, como o recém anunciado resort all inclusive da Quinta da Amoreira, no Alvor.

Até 2020, os planos estão feitos, o grupo conta que quer "adicionar 4000 novos quartos ao portefólio actual".

O ano passado a empresa líder no sector teve uma facturação de cerca de 400 milhões e um EBITDA de 100 milhões de euros. O grupo não revela os números de 2017, mas admite que com o boom do turismo "os resultados têm sido melhores". "O crescimento faz-se com base nos meios libertos pela própria a empresa, por isso temos mais projectos do que esperávamos há dois anos", revela. A empresa quer continuar a aproveitar esta 'onda' e, por isso, o objectivo é "consolidar em Portugal, designadamente nas regiões ou produtos onde é possível ter sinergias e economias de escala com significado" e internacionalmente "prosseguir a expansão do Pestana Hotel Group entrando em novas cidades europeias e norte-americanas".


80%
Turistas
Um terço dos hotéis do grupo estão fora de Portugal. E mais de 80% dos clientes, mesmo em Portugal, são internacionais.


A actividade internacional, ou seja as unidades hoteleiras fora de Portugal, representam um terço do volume de negócios do Grupo, revela a mesma fonte, que salienta: "mesmo nos hotéis em Portugal, a nossa actividade é exportadora já que mais de 80% dos nossos clientes são internacionais". Portugal pesa dois terços, se medido em volume de negócios de hotéis e 15% dos clientes são portugueses.

Os destinos com maior rentabilidade nos últimos anos são Portugal, lá fora Londres, Casablanca e Berlim, já os que apresentam menor rentabilidade são o Brasil e Moçambique onde "temos hotéis corporativos e que têm uma economia e/ou instabilidade política que está a afectar significativamente a procura".

Crise no Brasil e em Moçambique

O Grupo Pestana admite que os negócios no Brasil e em Moçambique estão a ser afectados com as crises nos respectivos países. "Os (hotéis) que apresentam menor rentabilidade são Brasil e Moçambique onde temos hotéis corporativos e que têm uma economia e/ou instabilidade política que está a afectar significativamente a procura", revela fonte oficial do Grupo Pestana ao Negócios. O grupo encerrou recentemente a sua operação na Colômbia, onde detinha o Pestana Bogotá 100.

Por outro lado, os países com maior rentabilidade nos últimos anos são Portugal - que pesa dois terços, se medido em volume de negócios de hotéis, e 15% se considerarmos os clientes - e internacionalmente Londres, Casablanca e Berlim. 

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