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Os prémios que são um farol para quem quer crescer

Mais do que estudos e planos, as empresas aprendem o que é importante para crescerem com os exemplos das que são mais bem-sucedidas. E as exportadoras têm mostrado que são mais atractivas, quer para os accionistas, quer para os bancos.

07 de Novembro de 2017 às 11:03
Paulo Fernandes, presidente da Cofina, e António Ramalho, CEO do Novo Banco, os dois promotores dos prémios Exportação e Internacionalização. Inês Lourenço
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As exportações cresceram de forma exponencial nos últimos anos, num período que coincidiu com a crise financeira. Além dos reflexos evidentes que esse processo trouxe à recuperação da economia portuguesa, a adopção de um perfil de exportação tem evidenciado ganhos de gestão consideráveis. António Ramalho, presidente do Novo Banco (NB), sublinhou que as empresas exportadoras têm menor risco, crescem mais e remuneram melhor os accionistas.

Os prémios Exportação e Internacionalização, entregues esta segunda-feira, que distinguiram duas dezenas de empresas nacionais e de capitais estrangeiros, são, também por essa razão, uma forma de estimular aquelas que ainda não adquiriram esse perfil. O economista e professor Alberto Castro, membro do júri que atribuiu os prémios, sublinhou que "as empresas aprendem muito mais depressa umas com as outras do que com estudos, consultorias".

"Aprendem mais depressa com os bons exemplos, sobretudo quando estes prémios trazem à ribalta os campeões escondidos" da economia, notou. Esse é, aliás, o ADN da Cofina, dona do Negócios, que organiza a iniciativa em parceria com o Novo Banco. "Enquanto grupo de media, a Cofina assume o compromisso de estimular e reconhecer publicamente os nossos empresários e gestores de excelência", afiançou Paulo Fernandes, presidente da empresa.

Os últimos anos foram duros, mas as exportadoras ajudaram a ultrapassar as dificuldades. "A dinâmica de internacionalização das empresas nacionais permitiu que a nossa economia levasse a cabo um notável ajustamento macroeconómico", acrescentou ainda Paulo Fernandes, explicando que, na sua maioria, as "empresas de perfil exportador situam-se no sector industrial", com os "sectores extractivo e transformador" a continuarem a "destacar-se".

A produtividade [das exportadoras] é bem mais significativa. António Ramalho
Presidente do Novo Banco

Foi a Celbi que venceu o principal galardão da sétima edição dos prémios Exportação e Internacionalização, na categoria Melhor Grande Empresa Exportadora de Bens Transaccionáveis.

António Ramalho, presidente do Novo Banco, certificou que a performance nas exportações "é uma das razões do sucesso da economia portuguesa". "Aqui [na sala] está boa parte dos empresários que, de forma discreta, aumentaram a capacidade de exportação da economia portuguesa", assinalou, lembrando que "poucos acreditavam" que o PIB iria "depender 40% das exportações" como hoje sucede, quando há uma década "esse valor se situava em 27%".

Neste período, não houve só um "crescimento global" das vendas, mas também se acentuou a "importância progressiva que este perfil exportador veio a ter no perfil das nossas sociedades". Houve um "alargamento de produtos e de empresas", o que aumentou o "espectro de exportações verificada". O que acontecia antes "era uma concentração" do perfil exportador em algumas empresas.

Além disso, a pujança nas exportações garante empresas mais fortes e saudáveis. "É a própria exigência competitiva que o mercado alargado traz", sublinhando que nestas empresas "a produtividade é bem mais significativa, a própria autonomia financeira e perfil de risco é melhor, e há uma rendibilidade superior". Ramalho garantiu que a grande prioridade do NB continuarão a ser as empresas, que representam "65% do activo". Ainda assim, é possível esperar mais: "um mercado mais amplo, ainda mais agressivo e mais aberto".


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