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Logoplaste abre maior fábrica do mundo de embalagens

A empresa vai inaugurar já no próximo ano a maior fábrica do mundo de produção de embalagens para um seu parceiro de fast moving consumers goods.Filipe de Botton revela os planos da Logoplaste para o próximo ano, que passa pela abertura de seis novas fábricas. O empresário conta também os erros que cometeu ao longo dos anos.

21 de Dezembro de 2017 às 15:34
Inês Lourenço
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Logoplaste Prémio Internacionalização Grandes Empresas

Quando, há pouco mais de um ano, anunciou a entrada do gigante Carlyle no capital da Logoplaste, Filipe de Botton explicou que o objectivo era "financiar as novas fábricas que vão ser construídas nos próximos três anos". A parceria já está a dar frutos. E que frutos! Ao Negócios, o presidente Executivo da empresa revela que a Logoplaste vai investir 197 milhões de dólares nos Estados Unidos para construir a "maior fábrica de embalagens do mundo de consumers goods". "Será uma fábrica muito, muito grande e vai abrir já em final de 2018", sublinha Filipe de Botton com notório orgulho.

O empresário acrescenta que "o investimento do cliente nesta fábrica é cerca de 10 vezes superior", ou seja perto de 2000 milhões de dólares. Para a Logoplaste esta fábrica vai representar mais de 150 milhões de facturação. O próximo ano vai ficar na história da Logoplaste.

Na mesma entrevista ao Negócios, Filipe de Botton - que está na Logoplaste desde a sua fundação, em 1976 - revela que no próximo ano vão abrir 6 novas fábricas: uma na Holanda, outra na Polónia, três nos Estados Unidos e uma no Canadá. Unidades fabris que se vão juntar às 61 fábricas em 16 países que a Logoplaste detém actualmente. "Esta foi a razão pela qual fizemos um aumento de capital. Percebemos que tínhamos grandes oportunidades e que esta era a forma de as conseguir agarrar. Como na banca em geral exigem 30% de capitais próprios e tendo em conta que na Logoplaste um euro de vendas adicional é um euro investido não conseguíamos manter este nível de investimento sem o aumento de capital", explica Botton.

A fabricante das garrafas de plástico de gigantes como Procter &Gamble, Henkel ,Coca-Cola, Danone, L'Oréal ou o ketchup Heinz é a empresa industrial mais internacional de Portugal. Por estas - e muitas outras - razões foi a grande vencedora da categoria Internacionalização de grandes empresas da sétima edição dos Prémios Exportação e Internacionalização - uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco.

Os Estados Unidos são a nova galinha dos ovos de ouro. "É a terra de todas as oportunidades!", exclama Filipe de Botton acrescentando que este país já representa cerca de 35% da facturação e do EBITDA da Logoplaste, cerca de 200 milhões de dólares. O presidente executivo da empresa acredita que, dentro de menos de meia dúzia de anos, este valor vai disparar para 75%.

Mas foi preciso errar para aprender. O CEO conta que o processo de internacionalização começou por Espanha, em 1992, "país que só se torna internacional à força". "São muito regionalistas, nacionalistas, um país muito pouco aberto a quem vem de fora. Percebemos rapidamente que começámos pelo mais difícil", diz admitindo o erro na avaliação. Mas houve mais difícil: o Brasil. "Se soubesse o que sei hoje, não sei se tinha investido no Brasil". Em 1994, acreditávamos todos que era dessa vez que o Brasil ia entrar nos eixos. Mas não. Se hoje vendêssemos as fábricas que temos lá, recuperávamos o investimento mas não ganhávamos. Estes 25 anos mantivémos o mesmo, ou seja não críamos riqueza".

Sobre o futuro, Filipe de Botton não hesita em afirmar que o caminho é "apostar na vantagem competitiva" da Logoplaste: "capacidade de inovação e de constante reinvenção". A empresa tem 60 pessoas no seu Innovation Lab repartidas por dois hub's, um em Cascais e outro em Chicago, onde constantemente se repensa, se questiona tudo, "desde os materiais, à forma, a logística, a cadeia de valor. É isso que faz com que consigamos ter o respeito de alguns gigantes mundiais. Criando novos produtos, criando permanente disrupção". Uma fórmula de sucesso que acaba de ser distinguida numa iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco.

391 embalagens por segundo 

Oito fusos horários, 12 línguas, 23 moedas, 32 nacionalidades e 16 países. Este é o dia a dia da Logoplaste, uma empresa portuguesa com sede na pequena aldeia do Juzo, nos arredores da vila de Cascais.

A Logoplaste produz 391 embalagens por segundo, nas suas 61 fábricas, espalhadas pelos quatro continentes.

Portugalrepresenta apenas 8% das vendas da Logoplaste, empresa que gosta de se autoproclamar como a empresa industrial mais internacional de Portugal.

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