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Grupo RAR: Novos negócios "embalam e alimentam" o grupo do açúcar

As embalagens da Colep e as saladas e ervas aromáticas da Vitacress estão a dar o maior impulso ao crescimento da "holding" liderada por Nuno Macedo Silva, que nasceu na indústria do açúcar e emprega actualmente 4.700 pessoas.

18 de Dezembro de 2018 às 13:15
O grupo RAR destaca-se pela diversidade do portefólio e tem reduzido o nível de endividamento financeiro. Nuno Fonseca
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Grupo RAR - Menção honrosa internacionalização grandes empresas

Nasceu doce o negócio da RAR (Refinarias de Açúcar Reunidas), fundado em Março de 1962 por João Macedo Silva e que, volvido mais de meio século, juntou à actividade fundacional várias outras, distribuídas pelas áreas alimentar, embalagem, imobiliária e serviços. Empregando actualmente um total de cerca de 4.700 pessoas, o grupo está presente em mais de uma dezena de países espalhados por vários continentes.

Enquanto o negócio do açúcar continua a perder peso, contando com 118 trabalhadores e vendas de 76,8 milhões de euros no último ano, são as embalagens e o enchimento de produtos que dão o maior contributo para a facturação do grupo - 411,2 milhões de euros, num total de 758 milhões de euros em 2017.

Com sede em Vale de Cambra e operações no segmento de "contract manufacturing" (fabrico para terceiros em regime de "outsourcing"), a Colep conta com uma rede de 18 fábricas, situadas em Portugal, Alemanha, Espanha, Polónia, Brasil, México, Emirados Árabes Unidos, Índia, Japão, China, Tailândia e Austrália.


758
Facturação
No último exercício, o grupo RAR reportou uma redução do volume de negócios de 831 para 758 milhões de euros.

Nas contas do ano passado, o grupo RAR reportou um aumento do EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) de 57 milhões para mais de 60 milhões de euros. O lucro do grupo também aumentou 23% em termos homólogos, para nove milhões de euros. São dados que, como sublinhou a empresa, "[vêm] confirmar o percurso de recuperação dos níveis de rendibilidade operacional e de resultados líquidos e a diminuição do endividamento que o grupo RAR tem registado nos últimos anos".

Na nota divulgada aquando da apresentação deste documento, a empresa liderada por Nuno Macedo Silva frisou que "o elevado investimento efectuado e as reconfigurações que se têm operado ao longo dos últimos anos nos vários negócios tiveram, e continuarão a ter, os seus efeitos positivos, nomeadamente na rendibilidade", garantindo "uma elevada solidez financeira, essencial para a prossecução das actividades do grupo".

Saladas e outros negócios

Além da Colep, esta melhoria de desempenho assentou também na Vitacress, produtora de saladas e vegetais prontos a consumir, que reclama a posição de liderança no mercado nacional e também no segmento de ervas aromáticas frescas no Reino Unido. No último exercício, as vendas ascenderam a 109 milhões de euros e lucrou 2,5 milhões de euros, com 1.536 trabalhadores ao serviço.

Por outro lado, a RAR Imobiliária - com um efectivo de 19 pessoas e lucros de cinco milhões de euros no ano passado - e a importadora de cereais Acembex - 12 funcionários, vendas de 144 milhões de euros e lucros de 563 mil euros - completam o portefólio da "holding" portuense.

O Grupo RAR tem uma elevada solidez financeira, essencial para as actividades do grupo" Nuno macedo silva
Presidente do Grupo RAR


"Num contexto político-económico internacional agitado, tem sido possível melhorar a performance do grupo e prosseguir com a redução da sua dívida, reflexo da melhoria das condições de exploração e da redução do nível de endividamento financeiro que têm estado no centro das atenções" das várias empresas, refere Macedo Silva.

Numa mensagem publicada pelo empresário na página oficial do grupo na Internet, o mesmo responsável aproveita também para destacar "a diversidade do portefólio e a permanente procura da melhoria de posições competitivas em cada negócio, a sistemática busca de soluções inovadoras de criação de valor e o apoio de uma sólida, resiliente e bem preparada equipa".

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