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Chapéus há muitos (e provavelmente são feitos na Fepsa)

Os feltros de pêlo de S. João da Madeira tanto brilham nas casas de alta-costura parisiense como na cabeça dos "cowboys" americanos.

21 de Dezembro de 2017 às 16:11
A Fepsa emprega 300 pessoas na fábrica de feltros em S. João da Madeira. Inês Lourenço
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Fepsa Menção Honrosa PME Exportadora Bens Transaccionáveis

Todos os anos são produzidos cerca de dois milhões de chapéus de pêlo em todo o mundo e a Fepsa produz 650 mil dessas unidades. Na verdade, a empresa de feltros não vende o produto finalizado, mas unidades semiacabadas (já com uma copa e uma aba), o que faz com que, para estas contas seja o equivalente. Nesta categoria há menos de uma dúzia de fabricantes a nível mundial; um deles mora em São João da Madeira e usa sobretudo pêlo de coelho, lebre e castor.

Os industriais de chapelaria, os artesãos, os chamados designers de chapéus e as casas de alta-costura, como a Hermès e a Prada, são os quatro tipos de clientes da Fepsa, que exporta 99% da produção - e faz também 200 mil chapéus de lã por ano - para mais de duas dezenas de países. Na facturação actual de 15,5 milhões de euros, Estados Unidos, Israel e Austrália são os mais valiosos, com expressão na lista dos modelos mais vendidos: o de "cowboy", o típico australiano e o usado pelos judeus ortodoxos, a que se juntam os chapéus de moda de senhora muito afamados em França.

Somos competitivos pela qualidade do produto e por sermos flexíveis a produzir pequenas séries, adaptadas às especificações e com prazos curtos. Ricardo Figueiredo
Presidente executivo da Fepsa

"Somos competitivos não tanto pelo preço, que é médio-alto, mas pela qualidade do produto e por sermos flexíveis a produzir pequenas séries, adaptadas às especificações exigidas pelos clientes e com prazos de entrega curtos", frisou o CEO, Ricardo Figueiredo, cuja família concentra 85% do capital da Fepsa, fundada em 1969, que dá trabalho a 300 pessoas.
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