- Partilhar artigo
- ...
CBI - Melhor PME exportadora de bens transaccionáveis
Comprar empresas em dificuldades, reestruturar operações e convertê-las em unidades rentáveis e abastecedoras no mercado internacional. Foi esta a filosofia na origem da CBI, indústria de vestuário de Mangualde, e que tem sido também aplicada nos últimos anos na aquisição de outros projectos do sector, que têm autonomia produtiva, mas dependem da força comercial da "casa-mãe".
Em 1997, Francisco Batista, na altura sócio da ACORfato, comprou um negócio à beira da falência no distrito de Viseu, deixando-o como centro de produção e sem autonomia face à empresa de Tábua. Até que, dez anos depois, "ganha vida própria" e o empresário arranca com um plano de crescimento através da angariação de clientes e da internacionalização, relata o actual director financeiro, António Nina.
Especializada em vestuário masculino e feminino do segmento médio alto, com a chegada da crise nesta década, a CBI fez várias aquisições no mercado nacional, aproveitando "alguma desvalorização dos activos, a mão-de-obra e o 'know-how' dos trabalhadores". A primeira, que resultou da recuperação da antiga HBC, em Oliveira do Hospital, até foi vendida a dois quadros em 2015 com o nome Azuribérica e "classificação PME Líder".
Outras duas continuam na órbita da CBI. É o caso da Avelmod e da Avelfabrics, que surgiram da insolvência da ex-Pivot, na vila do Avelar (Ansião); e, desde o ano passado, da AMMA, confecção em Arganil conhecida pela marca Carlo Viscontti, que deixou os fatos clássicos e está agora a fazer "casacos masculinos mais 'sport' e a tentar elevar os níveis de produtividade". A marca, que não tinha expressão no estrangeiro, não vai ser reabilitada, "pelo menos para já". "Empresas como esta acabaram por cair porque o mercado interno perdeu atractividade. Hoje são as grandes cadeias que vendem os fatos", justificou o gestor financeiro.
Investimento industrial em alfaiataria e Cabo Verde
Numa altura em que está a investir numa alfaiataria industrial em Mangualde, ao lado da fábrica original - investimento apoiado pelo Portugal 2020 para fazer fatos por medida e que "significa uma subida na cadeia de valor" -, na lista de clientes tem a Massimo Dutti, Cortefiel, El Ganso, Ralph Lauren, Calvin Klein ou a portuguesa Sacoor. Conta fechar o exercício de 2018 com uma facturação "ligeiramente abaixo do ano anterior", entre 26 e 27 milhões de euros, dos quais 98% assentes na exportação. Espanha surge como principal destino, seguido de Holanda, Itália, EUA, Dinamarca, África do Sul e Dubai.
Aos 700 trabalhadores em Portugal, a empresa junta 200 na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, onde desde Outubro de 2012 tem a funcionar uma fábrica de calças (AfroPants), que começou porque "precisava de ter uma origem para mão-de-obra mais barata e com produção totalmente controlada", como se estivesse em Portugal. Após uma "experiência não muito boa" em Marrocos, onde sentiu "falta de compromisso", investiu neste "país que agrada imenso, com estabilidade política, jurídica e mão-de-obra de qualidade e em número suficiente". António Nina adianta que a CBI vai aplicar meio milhão de euros na expansão da unidade africana, intensificando a capacidade diária - actualmente é de 1.500 calças - e passando ali a produzir também casacos, que somará aos 1.300 que fabrica por dia em Portugal.
Comprar empresas em dificuldades, reestruturar operações e convertê-las em unidades rentáveis e abastecedoras no mercado internacional. Foi esta a filosofia na origem da CBI, indústria de vestuário de Mangualde, e que tem sido também aplicada nos últimos anos na aquisição de outros projectos do sector, que têm autonomia produtiva, mas dependem da força comercial da "casa-mãe".
Em 1997, Francisco Batista, na altura sócio da ACORfato, comprou um negócio à beira da falência no distrito de Viseu, deixando-o como centro de produção e sem autonomia face à empresa de Tábua. Até que, dez anos depois, "ganha vida própria" e o empresário arranca com um plano de crescimento através da angariação de clientes e da internacionalização, relata o actual director financeiro, António Nina.
Nos últimos anos fomos adquirindo outras fábricas, que são autónomas em termos de produção, mas que dependem da força [comercial] da CBI.
Vamos intensificar o projecto de Cabo Verde em termos de aumento de capacidade produtiva e instalar lá uma linha de casacos. Temos mão-de-obra de qualidade e em número suficiente para isso. António Nina
Director financeiro da CBI
Vamos intensificar o projecto de Cabo Verde em termos de aumento de capacidade produtiva e instalar lá uma linha de casacos. Temos mão-de-obra de qualidade e em número suficiente para isso. António Nina
Director financeiro da CBI
Especializada em vestuário masculino e feminino do segmento médio alto, com a chegada da crise nesta década, a CBI fez várias aquisições no mercado nacional, aproveitando "alguma desvalorização dos activos, a mão-de-obra e o 'know-how' dos trabalhadores". A primeira, que resultou da recuperação da antiga HBC, em Oliveira do Hospital, até foi vendida a dois quadros em 2015 com o nome Azuribérica e "classificação PME Líder".
Outras duas continuam na órbita da CBI. É o caso da Avelmod e da Avelfabrics, que surgiram da insolvência da ex-Pivot, na vila do Avelar (Ansião); e, desde o ano passado, da AMMA, confecção em Arganil conhecida pela marca Carlo Viscontti, que deixou os fatos clássicos e está agora a fazer "casacos masculinos mais 'sport' e a tentar elevar os níveis de produtividade". A marca, que não tinha expressão no estrangeiro, não vai ser reabilitada, "pelo menos para já". "Empresas como esta acabaram por cair porque o mercado interno perdeu atractividade. Hoje são as grandes cadeias que vendem os fatos", justificou o gestor financeiro.
Investimento industrial em alfaiataria e Cabo Verde
Numa altura em que está a investir numa alfaiataria industrial em Mangualde, ao lado da fábrica original - investimento apoiado pelo Portugal 2020 para fazer fatos por medida e que "significa uma subida na cadeia de valor" -, na lista de clientes tem a Massimo Dutti, Cortefiel, El Ganso, Ralph Lauren, Calvin Klein ou a portuguesa Sacoor. Conta fechar o exercício de 2018 com uma facturação "ligeiramente abaixo do ano anterior", entre 26 e 27 milhões de euros, dos quais 98% assentes na exportação. Espanha surge como principal destino, seguido de Holanda, Itália, EUA, Dinamarca, África do Sul e Dubai.
Aos 700 trabalhadores em Portugal, a empresa junta 200 na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, onde desde Outubro de 2012 tem a funcionar uma fábrica de calças (AfroPants), que começou porque "precisava de ter uma origem para mão-de-obra mais barata e com produção totalmente controlada", como se estivesse em Portugal. Após uma "experiência não muito boa" em Marrocos, onde sentiu "falta de compromisso", investiu neste "país que agrada imenso, com estabilidade política, jurídica e mão-de-obra de qualidade e em número suficiente". António Nina adianta que a CBI vai aplicar meio milhão de euros na expansão da unidade africana, intensificando a capacidade diária - actualmente é de 1.500 calças - e passando ali a produzir também casacos, que somará aos 1.300 que fabrica por dia em Portugal.