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A antiga Boa Reguladora, fundada em 1892, em Famalicão, foi a primeira fábrica de relógios na Península Ibérica. Um século depois, em 1992, a empresa foi comprada pela multinacional Schlumberger (mais tarde grupo Actaris). A trabalhar na Reguladora desde que se licenciou em Engenharia Electrotécnica, Alexandre Gomes promoveu em 1997 um MBO na área da produção de electrónica e "software": a Milénio 3 - Sistemas Electrónicos, com sede na Maia.
Esta empresa, que é controlada por Alexandre e a sua esposa, Dialina, factura cerca de 2,5 milhões de euros e emprega 30 pessoas, "80% das quais são licenciadas em engenharia e um terço trabalha em I&D", realça o empresário. Tem clientes na Europa, na América e em África, mas as exportações ainda só valem 10%.
Já no interior Norte, em Baião, o casal desenvolve um outro negócio, o da produção de vinho verde, que é quase 100% exportador. Assumindo as iniciais dos seus nomes, a A&D Wines começou por operar com a Casa do Arrabalde, uma propriedade que está nas mãos da família de Alexandre "há quatro ou cinco gerações" e que tinha sido alvo de um processo de reestruturação dos seus cinco hectares de vinhas em 1991.
Em 2005, a A&D Wines adquiriu, em hasta pública, "por cerca de 400 mil euros", a Quinta dos Espinhosos, situada a cinco quilómetros da Casa do Arrabalde, que é composta por uma série de parcelas de terreno granítico íngreme, totalizando sete hectares.
Uma década depois, no final do ano passado, a empresa de Alexandre e Idalina foi novamente às compras, tendo adquirido a Quinta de Santa Teresa, quadruplicando assim a sua área de vinho para 45 hectares. Localizada a 17 quilómetros de Arrabalde, nos seus 33 hectares de vinha a A&D Wines tem em curso um investimento de sete milhões de euros, projectado a quatro anos, na reestruturação da vinha, meios de produção, tecnologia, construção de uma nova adega e espaço de enoturismo. Os primeiros vinhos de Santa Teresa chamam-se Monólogo e chegaram ao mercado em Março passado.
"O primeiro vinho da Casa de Arrabalde com rótulo começou a ser comercializado em 2007, enquanto o primeiro Espinhosos saiu em 2009. Tivemos dificuldade em entrar no mercado português, viramo-nos então para a exportação", recorda Alexandre Gomes. "Actualmente, exportamos cerca de 98% da nossa produção", enfatiza o empresário.
EUA no topo da garrafa
Em volume, os Estados Unidos, para onde começou a vender há pouco mais de três meses, já se assume como principal mercado da A&D Wines. Outro novo mercado é o do Japão, para onde seguiram "as primeiras cinco mil garrafas em Junho, seguindo-se uma cadência de cerca de três mil por mês". De resto, os verdes desta produtora de Baião continuam a vender-se para a Bélgica, Holanda, Suíça, Noruega, Dinamarca, França, Inglaterra e Canadá.
Alexandre Gomes conta fechar 2016 com a venda de 140 mil garrafas, mais 60 mil do que no ano passado, atingindo uma facturação da ordem dos 200 mil euros.
Os vinhos da A&D Wines tem conquistado diversas medalhas em concursos internacionais e dois dos seus Monólogo receberam mesmo elogios do prestigiado e influente crítico de vinhos norte-americano Robert Parker.
Esta empresa, que é controlada por Alexandre e a sua esposa, Dialina, factura cerca de 2,5 milhões de euros e emprega 30 pessoas, "80% das quais são licenciadas em engenharia e um terço trabalha em I&D", realça o empresário. Tem clientes na Europa, na América e em África, mas as exportações ainda só valem 10%.
Já no interior Norte, em Baião, o casal desenvolve um outro negócio, o da produção de vinho verde, que é quase 100% exportador. Assumindo as iniciais dos seus nomes, a A&D Wines começou por operar com a Casa do Arrabalde, uma propriedade que está nas mãos da família de Alexandre "há quatro ou cinco gerações" e que tinha sido alvo de um processo de reestruturação dos seus cinco hectares de vinhas em 1991.
Em 2005, a A&D Wines adquiriu, em hasta pública, "por cerca de 400 mil euros", a Quinta dos Espinhosos, situada a cinco quilómetros da Casa do Arrabalde, que é composta por uma série de parcelas de terreno granítico íngreme, totalizando sete hectares.
Uma década depois, no final do ano passado, a empresa de Alexandre e Idalina foi novamente às compras, tendo adquirido a Quinta de Santa Teresa, quadruplicando assim a sua área de vinho para 45 hectares. Localizada a 17 quilómetros de Arrabalde, nos seus 33 hectares de vinha a A&D Wines tem em curso um investimento de sete milhões de euros, projectado a quatro anos, na reestruturação da vinha, meios de produção, tecnologia, construção de uma nova adega e espaço de enoturismo. Os primeiros vinhos de Santa Teresa chamam-se Monólogo e chegaram ao mercado em Março passado.
"O primeiro vinho da Casa de Arrabalde com rótulo começou a ser comercializado em 2007, enquanto o primeiro Espinhosos saiu em 2009. Tivemos dificuldade em entrar no mercado português, viramo-nos então para a exportação", recorda Alexandre Gomes. "Actualmente, exportamos cerca de 98% da nossa produção", enfatiza o empresário.
EUA no topo da garrafa
Em volume, os Estados Unidos, para onde começou a vender há pouco mais de três meses, já se assume como principal mercado da A&D Wines. Outro novo mercado é o do Japão, para onde seguiram "as primeiras cinco mil garrafas em Junho, seguindo-se uma cadência de cerca de três mil por mês". De resto, os verdes desta produtora de Baião continuam a vender-se para a Bélgica, Holanda, Suíça, Noruega, Dinamarca, França, Inglaterra e Canadá.
Alexandre Gomes conta fechar 2016 com a venda de 140 mil garrafas, mais 60 mil do que no ano passado, atingindo uma facturação da ordem dos 200 mil euros.
Os vinhos da A&D Wines tem conquistado diversas medalhas em concursos internacionais e dois dos seus Monólogo receberam mesmo elogios do prestigiado e influente crítico de vinhos norte-americano Robert Parker.