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Empresas são o motor do crescimento económico

Os Prémios Exportação e Internacionalização são atribuídos há 14 anos, permitindo, ao longo desse período, reconhecer o que de melhor se faz em Portugal.

10 de Outubro de 2024 às 11:30
Luís Santana, CEO da Medialivre, e Luís Ribeiro, Chief Commercial Officer Corporate do Novo Banco.
David Cabral Santos
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Foto em cima: Luís Santana, CEO da Medialivre, e Luís Ribeiro, Chief Commercial Officer Corporate do Novo Banco.

"Ao longo destes 14 anos tivemos a possibilidade de reconhecer e revelar o que de melhor se faz em Portugal, como incentivam outras empresas a abrirem novos mercados", disse Luís Ribeiro, Chief Commercial Officer Corporate do Novo Banco, durante o lançamento da 14ª edição dos Prémios Exportação e Internacionalização, organizados pelo Negócios e pelo Novo Banco, em parceria com a Iberinform. Esta iniciativa premeia os desempenhos nas exportações e na internacionalização com base, sobretudo, nos dados económico-financeiros de 2023.

Luís Ribeiro acrescentou que "Portugal é uma pequena economia aberta e as empresas são o motor da nossa economia, e, ao longo destes anos, descobrimos e premiamos um conjunto vasto de empresas".

O grande objetivo é atingir os 50% do PIB em exportações, e segundo os nossos dados, no primeiro semestre de 2024 ficamos em 47%, mas continua a ser um objetivo que temos de tentar alcançar. Luís Ribeiro
Chief Commercial Officer Corporate do Novo Banco

"O grande objetivo é atingir os 50% do PIB em exportações, e segundo os nossos dados, no primeiro semestre de 2024 ficamos em 47%, mas continua a ser um objetivo que temos de tentar alcançar", referiu Luís Ribeiro. Em Portugal, o peso das exportações no PIB passou de 28% em 2008, para 47% em 2023, enquanto, a Espanha cresceu de 26% em 2008 para 39% em 2023. Na opinião de Luís Ribeiro, "as empresas portuguesas mostraram ao longo destes anos a capacidade de fazer crescer as exportações, mesmo com contextos com a pandemia de Covid-19 e as duas guerras na Ucrânia e no Médio Oriente".

Considerou que a marca Portugal tem de se afirmar internacionalmente, "não só pelo turismo, que é fundamental e dá um contributo muito importante, mas, porque há mais exportações do que apenas os serviços", disse Luís Ribeiro. Neste aspeto, salientou que pode haver benefícios no associativismo e na agregação de empresas para disputarem mercados maiores, se tiverem "capacidade de adaptação e de inovação, que, muitas vezes, são tão importantes como a dimensão e a escala". Luís Ribeiro salienta que "não há internacionalmente muitas marcas portuguesas que se tenham afirmando, o que é um desafio para o país: conseguirmos criar marcas portuguesas que sejam verdadeiramente reconhecidas".

Por outro lado, as empresas têm de descobrir novos mercados, porque o país tem dez milhões de habitantes, e "se quisermos crescer e criar riqueza, temos de estar abertos e encontrar as alternativas de exportação, tanto no espaço da União Europeia, que é um espaço alargado, mas também na economia global", considerou Luís Ribeiro.

Tecnologia e sustentabilidade

Hoje existem desafios importantes para as empresas portuguesas e que têm de saber ultrapassar como a tecnologia e da adoção e impacto de novas tecnologias na atividade comercial. Mas também na sustentabilidade, desafio a que a União Europeia dá uma grande importância, "as nossas empresas também têm uma oportunidade", referiu Luís Ribeiro.

O administrador do Novo Banco fez ainda referência às mudanças de contexto do comércio internacional. "O número de medidas económicas restritivas nos últimos anos foram as maiores de sempre. Hoje, os diferentes polos económicos e as lutas entre polos, como a China e os Estados Unidos, têm criado mais restrições ao comércio mundial. Depois temos as disrupções das cadeias mundiais de distribuição, o que levado ao nearshoring, ou seja, à industrialização mais perto dos mercados core", explica Luís Ribeiro.

A conjugação destes fatores leva a uma redução do comércio internacional. Por isso, as suas expectativas são índices de crescimento baixos no comércio internacional, na ordem dos 2%, enquanto as exportações portuguesas devem crescer acima deste valor, com "oportunidade de capturar alguma quota de mercado". Acrescentou ainda que Portugal está bem posicionado para as novas rotas do comércio global, uma vez que a rota que passa pelo Atlântico tem ganhado preponderância, o que "pode ser oportunidade", concluiu Luís Ribeiro.

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