- Partilhar artigo
- ...
Produção/dia
Betoneiras 400/dia ---- 100.000/ano
Carrinhos de mão 200.000/ano
Área de produção
36.000 m2
Volume de negócios
30,5 milhões de euros (2022)
35 milhões de euros (previsão 2023)
N.º de trabalhadores 156
Em 1995, iniciou-se a história na exportação da SIRL. Ao longo destes 28 anos os produtos da empresa chegaram a 90 países. O objetivo é atingir a centena de países nos próximos dois anos. Tudo começou com Mário Simões, CEO da SIRL (Simões & Rodrigues), a explorar sozinho, de mochila às costas, os primeiros mercados de exportação até criar uma forte equipa comercial interna e externa. A empresa tem uma presença cada vez mais forte no mundo, com destaque para todos os mercados europeus, com especial ênfase em Portugal, Espanha, França e Alemanha. A América do Sul é outra geografia importante, mas é em África que possuem uma presença muito significativa, "onde trabalhamos em mais de 95% de todos os mercados africanos, de língua portuguesa, francesa e inglesa, e no Médio Oriente arrisco dizer que somos líderes de mercado, tal como acontece em muitos países de África", explica Mário Simões.
CEO da SIRL
A betoneira é o produto-estrela e o core business, que representa mais de 50% do volume de negócios da SIRL. O CEO destaca a nova aposta que estão a fazer e com a qual querem duplicar a produção nos próximos anos. A aposta está relacionada com as máquinas de compactação, "como as placas vibratórias, os helicópteros, os saltitões, os cortadores de asfalto, ou seja, toda a gama que está destinada a trabalhos externos e internos nas obras como complemento da betoneira, nomeadamente em obras de maior dimensão".
Mário Simões sublinha que conseguiram que "o produto ‘made in Portugal’ tenha uma aceitação muito grande no universo da construção. Uma betoneira SIRL, feita em Portugal, já é um produto conceituado, levando a marca portuguesa a ter um padrão de qualidade que não existia há alguns anos."
Andaimes e carrinhos de mão
Este portefólio de produtos representa hoje 20% do negócio, enquanto cerca de 15% são feitos nos produtos de rotação "que denominamos como complemento, de que são exemplo os andaimes, a prancha para andaime, que nós desenvolvemos após a aquisição da Lisprene - uma das primeiras pranchas a ser produzidas de forma automática na Península Ibérica -, para a qual temos uma grande capacidade produtiva e que teve uma conquista de mercado muito grande", refere Mário Simões.
O CEO da SIRL destaca ainda os seus dois carros de mão, que são conhecidos como o carro cinzento e o carro azul. "Mudámos o paradigma das cores, uma vez que os carros eram conhecidos por serem amarelos e verdes, criando assim dois modelos de carros para nos identificarmos e distinguirmos no mercado. Estes, assim como acontece com a BP200D, já são solicitados pelos nossos clientes pela cor e pelo modelo e não como um simples carro de mão", garante Mário Simões.
A SIRL estima crescer este ano cerca de 14,7%, o que corresponde a um volume de negócios de 35 milhões de euros.
Os negócios são se esgotam na produção e fortalecem a rede de distribuição com parcerias e marcas reconhecidas mundialmente, nomeadamente americanas e alemãs, o que lhes permite oferecer um serviço completo até em termos globais. "Desde um armazém de materiais de construção, passando por uma loja de ferragens, até uma grande superfície, todos podem trabalhar connosco pois temos à disposição uma gama completa de ferramentas e equipamentos de construção para os poder servir, quer em Portugal como em qualquer outro país no mundo", explica Mário Simões.
O valor do investimento
Ao longo dos últimos 20 anos tem sido constante o investimento. Recentemente, estrearam a produção em massa de vários produtos em mais uma unidade industrial com oito mil metros quadrados, também na Zona Industrial de Penela, onde a SIRL conta com um total de 36 mil metros quadrados de área produtiva, "o que permite uma maior rapidez na resposta aos nossos clientes e maior eficiência na produção", conclui Mário Simões.
CEO da SIRL
Mário Simões faz um reparo em relação à burocracia existente em Portugal na exportação para determinados países que, por vezes, é maior do que nos países a que se destina a mercadoria. "Os nossos concorrentes europeus não precisam de grande parte da documentação que nos exigem para exportar. A documentação é de tal forma exigente que implica mais tempo, mais dias e horas de trabalho do que fazer a produção do material para um contentor destinado à exportação."
A SIRL (Simões & Rodrigues) foi a vencedora do Prémio Exportação/Emprego na 12.ª Edição dos Prémios Exportação & Internacionalização, referente a 2022, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco, em parceria com a Iberinform Portugal.