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A nova estratégia da Ascendum

Está a nascer uma nova Ascendum ligada a três grandes conceitos: automação, conectividade e eletromobilidade num processo de transformação que vai abranger negócio, processos e todas as pessoas, sem exceção. Quer ser “um modelo de vanguardismo”.

02 de Dezembro de 2020 às 14:00
O grupo Ascendum, liderado por João Mieiro, fez a sua internacionalização nas asas da Volvo. DR
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Em outubro de 2019 João Mieiro tornou-se presidente executivo do grupo Ascendum e a sua grande ambição é que o grupo seja apontado no universo Volvo como "um modelo de vanguardismo" na forma como aborda o seu negócio. "Queremos uma Ascendum mais moderna, mais vanguardista e mais eficiente. Vamos seguir a Volvo como sempre fizemos", escreveu Ângela Vieira, administradora da Ascendum na revista interna do grupo de setembro de 2020.

O grupo Ascendum fez a sua internacionalização nas asas da Volvo Construction Equipment (CE), multinacional sueca e parceira histórica do grupo desde 1970, quando esta os convidou a importar e distribuir equipamentos de construção da Volvo em Portugal.

Com esta nova liderança está a nascer uma nova Ascendum ligada a três grandes conceitos: automação, conectividade e eletromobilidade num processo de transformação que vai abranger negócio, processos e pessoas. Para as 1.500 pessoas que trabalham no grupo vai implicar que passem a usar ferramentas novas, muito mais modernas, e de trabalhar de maneira diferente.

Projeto-piloto

Os primeiros sinais de mudança e de digitalização dos serviços começaram com o Service 2.0 que não é um software, mas uma mudança real na forma como fazem o pós-venda. O projeto-piloto arrancou em Portugal e em Espanha e o objetivo é chegar a uma visão única do cliente para toda a organização.

Como referiu João Mieiro à revista interna da Ascendum, "o cliente vai deixar de ter acesso à pessoa que conhece, mas vai trocar esse conforto por mais qualidade na resolução dos seus problemas e até na antecipação dos mesmos. Estamos perfeitamente convencidos de que vamos ser mais rápidos e mais eficazes a resolver os problemas. O cliente vai ter a máquina parada menos tempo, os seus equipamentos vão ser mais fiáveis e vão produzir melhor".

Tenho de estar onde está o negócio e o negócio não está no escritório central em Lisboa. Não se pode dizer que se faz uma liderança a partir de Madrid ou Lisboa. O que interessa é uma liderança das pessoas.

Sinto que a Ascendum é um maravilhoso grupo de talentosos camaleões preparados para o que der e vier, sem ansiedades ou excessivas preocupações. 
João Mieiro
Presidente executivo do grupo Ascendum
A viver em Madrid, diz João Mieiro que tem de "estar em Espanha, porque é a minha residência fiscal, mas a minha liderança não é de escritório. É uma liderança de terreno. Tenho de estar onde está o negócio, e o negócio não está no escritório central de Lisboa. Vou continuar a andar onde já andava e a viajar. Não se pode dizer que se faz uma liderança a partir de Madrid ou de Lisboa. O que interessa é uma liderança das pessoas".

Em relação à pandemia de covid-19, que tocou as oito geografias do grupo, a empresa mostrou "uma enorme capacidade de adaptação e flexibilidade que só nos pode encher de orgulho. Afinal, perante uma terrível prova de fogo, a Ascendum revelou-se uma organização extraordinariamente adaptável", escreveu João Mieiro.

Os admiráveis

Numa empresa de serviços, mais de 60% das pessoas trabalham na área da assistência técnica e de serviços, por isso, sublinhou em especial "os mecânicos, os especialistas de produto, os profissionais do supply chain e dos armazéns. Foram admiráveis", concluiu João Mieiro.

Acrescentou que "na natureza, um dos animais que melhor se adapta às situações de risco é, sem dúvida, o camaleão. Sinto que a Ascendum é um maravilhoso grupo de talentosos camaleões preparados para o que der e vier, sem ansiedades ou excessivas preocupações sobre o incerto futuro".

No ?nal da década de 1990, consideraram que em termos estratégicos os negócios no ramo automóvel e das máquinas e equipamentos industriais tinham o crescimento limitado. Foi a partir das máquinas industriais que ?zeram a internacionalização. Começaram em junho de 1999 com Espanha, adquiriram a operação da Volvo em Espanha, a Volmaquinaria de Construcción España.

Há cinco anos, a Volvo CE convidou para tomar conta de uma sua operação no Sudeste dos Estados Unidos, num território superior à própria Península Ibérica e talvez no mercado mais competitivo do mundo, onde já se desdobram em 16 unidades que permitem levar os serviços do Grupo à Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Tennessee e Dakota do Norte. Depois seguiu-se a Turquia, o México e a Europa Central, com a Áustria, Hungria, República Checa, Eslováquia, Roménia, Croácia, Eslovénia, Bósnia-Herzegovina e Moldávia.

A Ascendum foi um dos vencedores do Prémio Exportação e Internacionalização, que é uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, relativo a 2019.
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